Paradigmas são modelos, referenciais
que delimitam o nosso modo de agir, pensar e produzir. Representam a nossa
visão de mundo. Neles temos a nossa educação doméstica, nossa crença religiosa,
nossas influências escolares e de amizades.
O exemplo clássico é a
indústria de relógios da Suíça que até a década de 1970 era líder mundial
do mercado. Seus pesquisadores buscavam sempre aperfeiçoar o modelo do
relógio mecânico. Mas o surgimento de uma nova tecnologia passou
despercebido por eles, estamos falando do relógio eletrônico a quartzo. Os
americanos e japoneses possuíram a tecnologia eletrônica e acreditaram no
sucesso do produto, quebrando os paradigmas existentes na época. Qual foi
a conseqüência? Alguns anos mais tarde, os relógios a quartzo alcançaram
absoluto sucesso. A indústria suíça, despreparada para uma súbita mudança
de paradigma, mergulha numa profunda crise. Fábricas vão à falência e
inúmeras pessoas perdem seus empregos. Neste caso foi uma
âncora. Os pesquisadores suíços estavam “presos” ao paradigma do
relógio mecânico e não deram crédito para a inovação, mas esta seria o
futuro dos relógios!
Os paradigmas não são bons nem ruins
em si, mas ele pode tornar-se ruim à medida que engessa as atitudes da pessoa e
limita de modo comprometedor seu modo de agir. Também pode bloquear a
criatividade e trazer o conformismo com a situação, mesmo que esta não seja
boa.
Tudo na vida está em constante mudança e exigindo uma readequação
aos novos cenários. Uma atitude que foi vantajosa em um momento pode virar
desvantajosa noutro. Esta dinâmica exige um continuo analisar da situação e das
perspectivas. Seja em relação à nossa vida pessoal ou profissional. Algo como a
esfinge que nos desafia: "decifra-me ou devoro-te!". Se não nos
adaptarmos aos novos cenários e contextos, podemos ser devorados e extintos
como dinossauros. Precisamos nos reinventar a cada dia de nossa vida para
manter a nossa competitividade.
Lembremo-nos que adaptabilidade é uma das nossas maiores forças competitivas. O mercado está repleto de casos de grandes empresas que não conseguiram se reinventar e foram extintas. Também sabemos de grandes profissionais que não evoluíram e ficaram parados no tempo, perdendo o seu prestígio e eficácia...
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