Fernando Pessoa disse que "Para viajar basta existir".
Eu afirmo que para escrever basta existir... e assim continuaremos existindo
muito além do amanhã!
10 anos de
luta incondicional pela cultura nacional. 10 anos acreditando no poder das
palavras na construção de um novo mundo! Um mundo que coubesse todo mundo! Tudo
começou quando eu pedi para sair da Direção Executiva da Editora Fama que à
época editava a Revista Where Curitiba. Fundei o Instituto Memória que passou a
funcionar em uma sala emprestada pela PUCPR no Edifício Tijucas. Lá produzimos a
nossa primeira revista a pedido da CNBB: RESOL – Revista da Rede Solidária, de
circulação nacional e que tinha a previsão de 02 edições. Circulou 04 edições!
Em 2005 produzimos, também para a CNBB, a revista
AMAZÔNIA discutindo a realidade e o futuro dos povos da
Amazônia.
Foi então
que surgiu o primeiro livro de minha autoria e o primeiro publicado pelo
Instituto Memória: Curitiba nas Curvas do Tempo. Em parceria com o Instituto
Pró-Cidadania de Curitiba vendemos mais de 10 mil
exemplares. Em função deste livro fui agraciado com o Prêmio de Mérito Cultural Fernando Amaro pela Câmara Municipal de Curitiba.
Logo após lançamos os nossos dois primeiros autores: Cláudio Slaviero <livro A vergonha nossa de cada dia> e Elmo Heck <livro O padre e a Judia>.
De lá para cá já escrevi 12 livros e já publiquei, enquanto editor, mais de 250 obras, entre literárias e acadêmicas. Já desenvolvemos inúmeros projetos de responsabilidade cultura e social por todo o país e já ganhamos mais de 20 prêmios nacionais, inclusive a Cidadania Honorária de Curitiba, a Comenda Nobres Cavaleiros de São Paulo, a Comenda Rui Barbosa e o Prêmio Nacional de Qualidade Editorial no segmento Cultura Regional.
Temos o orgulho de ter lançado livros de todas as ideologias políticas e credos. Lançamos livros de capitalistas fervorosos e de comunistas históricos. Lançamos livros de Católicos, Evangélicos, Mórmons, Espíritas e Ateus. Muita vezes civilizadamente juntos no mesmo evento. Defendemos e promovemos o contraditório como estratégia essencial de construção de uma sociedade digna e justa. A exigência é que a obra seja boa, bem escrita, bem desenvolvida e com uma proposta clara. O resto é debate que enriquece! Não acreditamos em patrulhamento ideológico e nem na padronização da escrita. Entendemos a escrita como extensão da forma de ser do escritor e isto tem que ser respeitado. Devemos lembrar que mesmo sem editoras e livrarias sempre existirão autores, mas sem autores, não existirão editoras e livrarias!
Não quero julga aos outros, mas faço questão de conhecer, pessoalmente ou por telefone, todos os autores que publico. Leio todos os originais aprovados pelo Conselho Editorial. Participo de todos os lançamentos. Afinal, para se afirmar editor tem que ter um real comprometimento com o autor e sua obra. Nestes 10 anos foram mais de 300 eventos, entre lançamentos, feiras, palestras e bate-papo em livrarias. Construir pontes entre o Autor e o Leitor: esta é a nossa missão!
Nada do que fazemos é descomprometido! Rechaçamos qualquer descomprometimento, pois entendemos como covardia e cumplicidade. Quem cala, consente... submete - se! Mais, quem submete-se, é cúmplice! Quem é cúmplice, é co-autor! Responsabilidade solidária! “Para que o mau vença basta que os bons nada façam”, afirma Burke. Luther King complementa: “O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons”. Nenhum saber é descomprometido e tem fim em si mesmo! Todas as nossas ações têm como ponto de partida e meta o Ser - Humano. Cada palavra, cada palestra, cada livro nosso está a serviço do resgate e convalidação da dignidade humana.
As
dificuldades foram muitas... mas “o que não nos mata nos fortalece” e estamos,
com a cumplicidade dos nosso autores e leitores, cada vez mais fortes dando Vez
e Voz à cultura nacional.
Valeu a
pena?
Respondo com
Leminski:
"valeu encharcar esse planeta de
suor
valeu esquecer as coisas que eu sei de cor
valeu encarar essa vida que podia ser melhor
valeu"
valeu esquecer as coisas que eu sei de cor
valeu encarar essa vida que podia ser melhor
valeu"
Lembrem-se: o que não se compartilha, se
perde!
MARQUE SEU TEMPO E DEIXE O SEU LEGADO.
Anthony Leahy –
Editor
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