quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Para Toninho e Leminski... e Dante, Sganzerla, Ernani,...

(Re)Lendo a biografia do Leminski – do Toninho Vaz – como Curitibaiano sentir-me em casa – duas casas: Curitiba e Bahia – pois conhecia praticamente todos os baianos e, principalmente, os curitibanos envolvidos. Comovente e inspirador, era tudo que eu precisava neste momento...

Toninho, após ler o maravilhoso livro, e eu, devidamente embebido com o néctar de Baco, anotei a compilação abaixo que fez questão de sair:

"Se tudo que respira, conspira...também inspira! Afinal, tudo não passa de caricatura de minha amargura de ver que viver não tem cura... e, assim, distraidamente venceremos quando chegarmos mais além! Sigamos cegamente em frente, aspirando, sem brigar com o destino... um dia ser mais que poeta!"

Forte e grato abraço, Toninho, deste seu, antes de mais nada, leitor e portanto cúmplice.

Instituto Memória: 10 anos construindo pontes e derrubando muros!

Duas necessidades essenciais dominam a existência do ser vivo: nutrir-se para viver no espaço; reproduzir-se para viver no tempo. Enquanto animal superior, os seres humanos também obedecem às essas premissas, porém dentro de um contexto mais amplo: Além de alimentar-se e reproduzir-se, sobrevivendo e perpetuando o seu DNA, precisa nutrir-se de informação para alimentar a sua civilidade e gerar conhecimento perpetuando sua visão de mundo.
Se a natureza fez-nos desprotegidos pelo instinto, brindou-nos com a capacidade de comunicação, produção e transmissão de conhecimento.  Somos o único animal que não vive aprisionado no eterno agora, subjugados ao meio ambiente. Muito pelo contrário, fazemos conexões intertemporais, refletimos e aprendemos. Somos criadores e criaturas. Somos agentes do nosso próprio destino, um ser inconcluso, em eterna autoconstrução. E neste processo, emprestamos sentido ao nosso agir e significação a tudo que nos relacionamos. Geramos o amanhã. Reinventamos o existir.
Este conhecimento sociologicamente construído e historicamente formulado tem como propósito atender às necessidades da vida no tempo e no espaço. Faz parte da nossa natureza o querer descobrir, o querer conhecer e o compartilhar. Precisamos saber! Negar-nos a possibilidade de aprender é negar-nos a própria condição humana. E na negação da condição humana surge a barbárie, a violência e todas as mazelas da sociedade.
O Instituto Memória busca incentivar a produção e democratização do saber como forma de promover o desenvolvimento humano e intelectual da sociedade. Temos o ser humano como ponto de partida e meta de todos os nossos esforços, respeitando a perspectiva do equilíbrio entre as necessidades humanas com o ecossistema do qual faz parte.
Acreditamos que a integração entre povos se constrói de forma ética e solidária a partir do resgate e convalidação das diferenças culturais como forma de fortalecer e enriquecer a própria humanidade. Somente a cultura permite quebrar preconceitos e superar barreiras ideológicas.
Defendemos que o livro, enquanto substrato da cultura é o instrumento mais eficaz para a democratização dos saberes, para a interação entre os povos e para a consolidação do desenvolvimento humanitário, técnico e científico que impulsiona o processo civilizatório.
Enxergamos que a dialogicidade que o livro estabelece, entre as diferentes culturas, permite a superação dos limites impostos pela geografia e pelas normas, viabilizando que a integração entre os povos se faça de forma ética e sustentável, formando indivíduos reflexivos e autônomos, comprometidos com os valores que lhe permitam alcançar seus objetivos sem ferir os valores do outro.
Sustentamos que os países são tão mais fortes e ricos, quanto mais cultos e autônomos são os seus cidadãos, verdadeiro capital estratégico.
Então, damos Vez e Voz a cultura nacional e mundial, defendemos a pluralidade a partir do resgate e promoção das identidades, incentivamos o surgimento dos novos talentos e democratizamos, com a publicação de livros, o saber que promove a condição humana à sua verdadeira dimensão e dignidade.
Parafraseando o Mestre Rubens Alves: "Escrever é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra."

Anthony Leahy – Editor

BRDE - INSTITUTO MEMÓRIA: CALENDÁRIO 2013 DE EVENTOS


Prezados Amigos Autores, Leitores e Parceiros;

Informamos o calendário de eventos 2013 da parceria INSTITUTO MEMÓRIA com o BRDE – ESPAÇO CULTURAL PALACETE DOS LEÕES, que entra no seu terceiro ano consecutivo, tendo realizado praticamente 10 eventos por ano e tendo lançado mais de 150 novas obras literárias.

  • MARÇO - 26
  • ABRIL - 30
  • JUNHO - 11
  • JULHO-16
  • AGOSTO - 20
  • SETEMBRO - 24
  • OUTUBRO - 29
  • DEZEMBRO - 13

Em breve liberaremos o cronograma de eventos em outros estados. Já estamos finalizando a programação para São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
Em 2013 retomaremos a proposta de fazer os lançamentos dos livros concomitantemente com apresentações musicais, de dança e declamação de poesia. Já realizamos apresentação de Tango, os Meninos Cantores de Angola, Declamação de Trovas Gaúchas, entre outros.

Nosso lema em 2013 será USAR A CULTURA PARA CONSTRUIR PONTES E DESTRUIR MUROS! Pontes entre almas e muros da ignorância, preconceito e indiferença!
Livros - Revistas - Eventos - Palestras
10 anos usando a cultura para construir pontes e derrubar muros!
Editora Destaque Nacional pela Câmara Brasileira de Cultura

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

NOSSO PAPEL DE EDITOR!

Viva o contraditório! Uma sociedade livre se constrói no debate. Fora do debate não existe reflexão inteligente e sim mera submissão. Enquanto Editor, cabe-me garantir a Vez e Voz a todos, incentivando o choque de ideias e ideais. Só assim construiremos uma sociedade realmente civilizada e justa.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

AVISO PÚBLICO: SEMEANDO LIVROS & INSTITUTO MEMÓRIA FICAM INDEPENDENTES!



ados Amigos, Autores, Leitores e Parceiros;

“Viver é lutar. 

A vida é combate, 

Que os fracos abate, 

Que os fortes, os bravos Só pode exaltar.”


Comunicamos que a parceria da JURUÁ EDITORA com o INSTITUTO MEMÓRIA para os segmentos de Literatura, Cultura e História – Selo Editorial Semeando Livros que respondo como editor – termina agora em dezembro/12. 
Portanto, só estarei à frente da Juruá Semeando Livros até final de Dezembro próximo. A partir de 2013 cada editora retornará à sua atuação autônoma e independente. 
Aviso a todos os meus amigos, parceiros, leitores e autores, deixando público e notório que - em 2013 - não mais responderei pela Juruá e seus projetos, voltando a responder como EDITOR EXCLUSIVO do INSTITUTO MEMÓRIA.
Forte abraço,
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Anthony Leahy – Editor
E-MAIL: editora@institutomemoria.com.br 
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Anthony Leahy – Editor
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editora@institutomemoria.com.br

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

PAPEL DA ÉTICA FRENTE À MORTE, pelo Dr. Waldo Robatto


“Fomos ajudados para nascer, 
indiscutivelmente também precisamos ser ajudados para morrer.”

Ninguém, sem qualquer dúvida, é o “Dono da Verdade” diante a persistente complexa questão da Eutanásia, a morte piedosa, entre outros sinônimos etimológicos: morte sem agonia, sem dor, morte calma, serena, etc. Idem, para com a Distanásia, neologismo antônimo da Eutanásia, ato defeituoso de prolongamento exagerado do processo do morrer de um paciente . “Obstinação Terapêutica”, medicação fútil, inútil, através a qual, enfim, busca-se desesperadamente curar o impossível, a morte!
Inadmissível, imperdoável, desumano é ainda neste novo século XXI esses importantes temas continuarem sendo veladamente “varridos para debaixo do tapete”. Ação de acomodados, aqueles petrificados na indiferença, invalidados na imparcialidade, imobilizados no fanatismo, até mesmo!
Justifico melhormente o porquê dessa minha indignação, dizendo: há um inconsciente, louvável, extraordinário desenvolvimento da tecnologia aplicada à medicina - que segue um caminho sem volta - trazendo incalculáveis benefícios para toda a humanidade. Contudo, também ele traz, igualmente, os seus correspondentes maléficos.
É o caso, exemplificado, do inegável aumento, em verdadeira progressão geométrica, do número de pacientes terminais! Paciente terminal, aquele que, na evolução de sua doença não tem condição de prolongar  a sobrevida, apesar de todos os recursos médicos disponíveis, estando, pois, num processo de morte inevitável. Processo do morrer, é aquele período mais e/ou menos longo anterior a morte propriamente dita. Processo esse que está sendo no presente mais duradouro como resultante, justamente, é óbvio, do desenvolvimento tecnológico referido. Seja dito, por sinal, que muitos desses padecentes estão subjugados a atrozes sofrimentos, representados principalmente pelas dores física, psiquica, social (“a dor do isolamento”) e a espiritual, com certeza. De modo específico, afirme-se: quando pacientes terminais “não-pagantes”, aqueles designados de uma maneira ignominiosa de indigentes!
A respeito, opinando, disse muito bem Caio Rosenthal, colega infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo - SP, autoridade no trato com pacientes terminais: “O silêncio é a voz da omissão”
A propósito de omissão, ouça-se também Jean D’Ornesson, escritor francês:
“Nada mais parcial do que a imparcialidade”
Contemporaneamente , as polêmicas questões da eutanásia são capítulos próprios da Bioética. Disciplina, matéria de ensino que veio pra ficar devido a sua indiscutível importância, exatamente, na discussão de muitas complexas questões persistentes e emergentes referentes ao que é verdadeiramente mais precioso para todos nós seres humanos: a saúde, a nossa própria vida, enfim.
Nesse artigo, procuro sugerir debates sobre Eutanásia e Distanásia referentes à grave problemática dos pacientes terminais numa pretensão que, pelo menos, a indiferença sobre o assunto tenha fim.
Humanização. aprimoramento de cuidados paliativos para com eles, indispensável alocação de recursos específicos dos governos federal, estaduais e municipais para tal desiderato.
“Fomos ajudados para nascer, indiscutivelmente também precisamos ser ajudados para morrer.”

Waldo Robatto, Médico, Profº Universitário, Membro Conselheiro do CREMEB.


Eutanásia: Sim ou Não? - Aspectos Bioéticos
Autor: Waldo Robatto
Páginas: 90 pgs.
Ano da Publicação: 2008
Editora: Instituto Memória
Preço: R$ 35,00

 
"A morte é um fenômeno natural e irreversível.
As tentativas para evitá-la deverão ter,
portanto, seus limites!"

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Raia, Setra, Sapecada e Outras Narrativas Curitibanas! de Ubiratan Lustosa


Ubiratan Lustosa é uma legenda no rádio e televisão do Paraná. Advogado, publicitário, jornalista e escritor, depois de lançar "Rádio do Paraná: Fragmentos de sua história", contando de sua longa vivência nas ondas do rádio, agora nos brinda com "Raia, setra, sapecada e outras narrativas curitibanas", onde conta com graça e boa memória as lembranças de sua Curitiba perdida.  

Outra profissão, o que seria: Advocacia, na qual me formei e não exerci.
Dando a semana por finda, um fim de semana como deve ser: Descontraindo.
Serra abaixo ou serra acima: A praia é uma boa.
A mais bonita paisagem do Paraná: Cataratas do Iguaçu.
A mais bonita paisagem de Curitiba: Qualquer um dos nossos parques.
Uma rua da cidade: A Nunes Machado, onde nasci e me criei.
Um sábado de chuva: Nostalgia.
Um domingo de sol: Alegra a gente.
O que não dispensa no inverno: Comida quente e uma taça de vinho.
O que não dispensa em qualquer estação do ano: Outra taça de vinho.
Um lugar para iniciar o fim de semana: Minha casa.
O que estraga o fim de semana: Chuva forte e frio intenso.
O acepipe de boteco: Batata frita e linguiça . Quem não gosta? (Com cerveja, é claro).
O jantar no sábado: Trivial, em casa.
O almoço de domingo: Feito por minha mulher, neta de italianos.
O restaurante de estimação: O que não me engana.
A receita de estimação: Camarão à grega.
Nenhum, pouco ou bastante alho: O suficiente. Dá mais sabor à comida.
Uma sobremesa: Torta de morango.
Um copo para o espírito: Ah, se fosse possível beber sabedoria...
Metade cheio, metade vazio: Não resolve. Melhor é cheio por inteiro.
O que é muito bom fazer sozinho: Pensar.
Uma música para ouvir hoje: Uma valsa bem antiga.
Um livro na estante: A Bíblia.
Um livro na cabeceira: Durmo antes de ler.
Um filme de ontem: "Casablanca" , Humphrey Bogart e Ingrid Bergman.
Um filme de hoje: Estou em recesso.
Um retrato na parede: Muitos, colocados por  minha mulher, de filhas, netos e agora um bisneto.
Saudades de um sábado qualquer: Jogo de bola na praça Ouvidor Pardinho quando era criança.
Uma viagem: Itália e França, na Copa de 90.
Noite de domingo, o que lhe parece: Fim de festa.
Há a perspectiva de segunda-feira, o que lhe assusta embaixo da cama: Nada, se eu estiver em cima.
Um passarinho (sonho) na mão: Livro lançado.
Outro voando: Novo livro.

http://www.institutomemoria.com.br/pesquisa.asp


SINOPSE

O tempo é como um véu a envolver o passado, uma neblina que deixa entrever sem revelar, pondo um fascinante toque de poesia em tudo que já se foi.
Sim, são muitos os motivos para sentir saudade, essa vontade ardente de viajar nas asas do pensamento e reviver o tempo que passou. Este livro foi escrito com o desejo de avivar na memória dos mais idosos a nossa Curitiba de outrora e deleitar os que gostam de curtir saudade. E para contar aos mais jovens como eram as coisas antigamente.


Curtir Saudade - 9
Os Velhos Casarões - 10
A Cidade Mudou - 11
Os Partos de Antigamente - 14
Chá de Casca de Laranja - 16
Os Costumes de Outrora - 18
Armazém de Secos e Molhados - 20
Fogão A Lenha - 22
O Footing Da Rua XV - 25
As Matinês do Cine Luz - 27
A Diversão da Piazada - 29
Vingança de Guri - 31
Sic Transit Gloria Mundi - 33
O Mendigo da Zacarias - 35
Os Cafés de Curitiba - 37
Pião e Outros Brinquedos - 40
Cantigas de Roda - 42
No Tempo do Bonde de Burros - 44
O Bonde Elétrico - 46
O Frio Curitibano - 47
O Revólver - 49
Nossos Cantores - 50
Gravar em Disco era Difícil - 53
Fotógrafos do Passado - 55
Batendo Matraca - 57
Dia de Malhar Judas - 58
O Velho Realejo - 60
Bebedouros - 61
Sapecada - 62
Barbeiros Antigos - 64
As Festas Paroquiais - 65
Na Frente do Freguês - 67
As Vendas em Domicílio - 68
Passeio Público - 70
Os Mascates - 72
Narrando Ciclismo - 74
O Relógio da Praça Osório - 76
O Anjinho do Presépio - 78
As Topadas - 80
Maria Polenta - 82
Tipos Populares - 84
Cavalgando em Pelo - 86
A Antiga Temperança - 87
Empinar Raia - 89
Crendices de Nossa Gente - 91
O Natal em Curitiba - 93
Galochas e Tamancos - 95
Ferro de Passar Roupas - 97
Colchão de Palha - 98
Forno de Quintal - 99
Os Banhos de Outrora - 100
Na Falta de Geladeira - 101
Passado e Presente - 102
Poema Infância - 103
Curitiba, Cidade Sorriso - 105

PARADIGMAS: ÂNCORAS OU TRAMPOLINS?


Paradigmas são modelos, referenciais que delimitam o nosso modo de agir, pensar e produzir. Representam a nossa visão de mundo. Neles temos a nossa educação doméstica, nossa crença religiosa, nossas influências escolares e de amizades.

O exemplo clássico é a indústria de relógios da Suíça que até a década de 1970 era líder mundial do mercado. Seus pesquisadores buscavam sempre aperfeiçoar o modelo do relógio mecânico. Mas o surgimento de uma nova tecnologia passou despercebido por eles, estamos falando do relógio eletrônico a quartzo. Os americanos e japoneses possuíram a tecnologia eletrônica e acreditaram no sucesso do produto, quebrando os paradigmas existentes na época. Qual foi a conseqüência? Alguns anos mais tarde, os relógios a quartzo alcançaram absoluto sucesso. A indústria suíça, despreparada para uma súbita mudança de paradigma, mergulha numa profunda crise. Fábricas vão à falência e inúmeras pessoas perdem seus empregos. Neste caso foi uma âncora. Os pesquisadores suíços estavam “presos” ao paradigma do relógio mecânico e não deram crédito para a inovação, mas esta seria o futuro dos relógios!

Os paradigmas não são bons nem ruins em si, mas ele pode tornar-se ruim à medida que engessa as atitudes da pessoa e limita de modo comprometedor seu modo de agir. Também pode bloquear a criatividade e trazer o conformismo com a situação, mesmo que esta não seja boa. 

Tudo na vida está em constante mudança e exigindo uma readequação aos novos cenários. Uma atitude que foi vantajosa em um momento pode virar desvantajosa noutro. Esta dinâmica exige um continuo analisar da situação e das perspectivas. Seja em relação à nossa vida pessoal ou profissional. Algo como a esfinge que nos desafia: "decifra-me ou devoro-te!". Se não nos adaptarmos aos novos cenários e contextos, podemos ser devorados e extintos como dinossauros. Precisamos nos reinventar a cada dia de nossa vida para manter a nossa competitividade. 

Lembremo-nos que adaptabilidade é uma das nossas maiores forças competitivas. O mercado está repleto de casos de grandes empresas que não conseguiram se reinventar e foram extintas. Também sabemos de grandes profissionais que não evoluíram e ficaram parados no tempo, perdendo o seu prestígio e eficácia...

terça-feira, 6 de novembro de 2012

MISTÉRIOS NÃO RESOLVIDOS: o sumiço do navio Mary Celeste











Foto: Cumberland County Museum and Archives, Amherst, Nova Scotia Canada


Foto do famoso bergantim/navio Mary Celeste, encontrado à deriva em 1872, sem vestígios de sua tripulação. Até hoje não há um consenso do que houve com os sete marinheiros, o capitão, sua esposa e sua filha. 
Benjamin Briggs

Sob o comando do famoso capitão Benjamin Briggs, Mary Celeste partiria em 5 de Novembro da ilha Staten em Nova Iorque com rumo a Itália. A tripulação, além do capitão, era composta por sete experimentados homens de mar e duas passageiras. Sarah, a esposa do capitão e Sophia Matilda, sua pequena filha de 2 anos, já que passariam um tempo em família por Itália.

Em 5 de Dezembro, aproximadamente a 370 milhas da costa portuguesas, o timoneiro de um navio mercante de origem britânica, chamado Dei Gratia, avistou Mary Celeste. Depois de anos como marinheiro imediatamente notou algo fora do comum, apesar de que a embarcação avistada viajava com suas velas estendidas. Depois de conversar com outros oficiais, avisaram ao capitão do navio, David Morehouse que ficou surpreso e preocupado pois Briggs era seu grande amigo, e sabia que naquela data o Mary Celeste já deveria ter aportado na Itália.
Morehouse imediatamente ordenou sua tripulação a abordar ao navio com bastante cautela, e quando estavam a uns 400 metros aguardaram duas horas observando e tentando se comunicar com a tripulação do Mary Celeste. Não obstante, e apesar que o navio não apresentasse nenhum sinal de ter sido atacado ou avariado, o mesmo parecia estar vazio. Razão suficiente para enviar um pequeno contingente para abordar a nave e ver o que tinha ocorrido com a tripulação.

Depois de horas de espera os marinheiros retornaram ao Dei Gratia, reportando não ter encontrado nenhum ser humano na embarcação, mas que sua valiosa carga (álcool industrial), salvo por nove barris, permanecia intacta. Mais curioso ainda era que o único bote salva-vidas do navio não estava presente e as provisões de alimentos comida, bem como também a água fresca, ainda se encontravam nos porões da embarcação. Entre outros objetos encontrados estavam os objetos pessoais de toda a tripulação, jóias, a roupa da menina, diário do capitão e inclusive uma navalha de barbear ainda com espuma [Arthur Conan Doyle depois exageraria ao contar esta história dizendo que também encontraram pratos com a comida dos tripulantes ainda quente].

O porque do desaparecimento da tripulação permanece até hoje como um grande mistério. No exterior da nave não existia sinal alguma de que tenha sido atacada ou de que tivesse atravessado um temporal, e no interior da mesma não tinha sinais de violência e tanto a carga quanto as posses pessoais da tripulação permaneciam intactas, motivo pelo qual não pôde ter sido um ato de pirataria ou de motim. O diário do capitão não continha registro algum de mau tempo. Sua última entrada havia sido realizada em 25 de novembro a 160 quilômetros dos Açores.

O navio foi rebocado pela tripulação do Dei Gratia até o Estreito de Gibraltar, onde uma corte Britânica em conjunto com o cônsul estadunidense em Gibraltar, Horatio J. Sprague, se encarregariam de pesquisar o ocorrido. Conquanto em um primeiro instante criam ter encontrado uma espada cheia de sangue, terminaram descobrindo que seria somente oxidação e, até os dias de hoje, o destino da tripulação permanece no maior mistério.

O destino do navio: Mary Celeste foi novamente vendido e utilizada durante 12 anos transportando todo tipo de objetos e mercadorias. Seu destino final foi o Caribe, onde um mercador chamado GC Parker carregou-a de lixo e dizendo para a seguradora que se tratava de uma carga valiosa, tentou afundá-la ao jogá-la contra um recife. No entanto, a maldição da Mary Celeste cairia sobre Parker, e a nave não afundou. Inclusive, depois de que tentassem colocar fogo na embarcação. Parker foi descoberto, preso e enviado a julgamento, ainda que tenha morrido por causa de uma doença desconhecida antes de chegar ao tribunal. 

O que aconteceu? Uma das teorias mais aceitas indica que durante uma pequena tormenta, o capitão, temendo que sua carga explodisse, ordenou sua tripulação a baixar o bote salva-vidas, e ato seguido amarraram o barco à popa do navio com uma uma longa corda. Desta maneira, seguiriam o barco desde o bote enquanto eram rebocados sem o perigo da explosão. Mas algo imprevisto teria acontecido, e o bote se soltou, deixando a tripulação à deriva. A Wikipedia em inglês tem uma boa lista de teorias que vai desde as mais possíveis até as mais fantasiosas. 
No início de 1873, foi reportado que dois barcos salva-vidas encalharam na Espanha, um com um corpo e uma bandeira americana, o outro contendo cinco corpos. Tem sido alegado que esses devem ter sido os resquícios da tripulação do Maria Celeste. Entretanto, aparentemente os corpos nunca foram identificados.

domingo, 4 de novembro de 2012

O FRANCÊS QUE NÃO EXISTE NA FRANÇA!



Não se sabe quando o pão começou a ser feito nem como era o pão de antigamente! Historiadores defendem que o pão tenha surgido há 12 mil anos, na Mesopotâmia, juntamente com o cultivo do trigo. Outros defendem que o pão está ligado aos homens desde 300.000 a.C. 

Os primeiros pães eram achatados, duros, secos e muitos amargos. Eram assados sobre pedras ou embaixo de cinzas. O primeiro pão assado em forno de barro foi a 7000 a.C. no Egito, que mais tarde descobriram o fermento. O pão chegou à Europa em 250 a.C. sendo preparado em padarias, mas com a queda do império romano, as padarias fecharam e o pão teve que ser feito em casa. Somente a partir do século XII a França começou a melhorar e então no século XVII o país se destacou como centro mundial de fabricação de pães.

No Brasil, o pão começou a ser popular no século XIX, apesar de ser conhecido desde os colonizadores. Os pães feitos no Brasil eram escuros enquanto na França o pão era de miolo branco e casca dourada. O pão francês que tanto é usado no Brasil não tem muito a ver com os verdadeiros pães francês, pois a receita do pão francês no Brasil só surgiu no início do século XX e difere do pão europeu por conter um pouco de açúcar e gordura na massa.

A receita do pão francês hoje mais consumido no Brasil surgiu no início do século XX, provavelmente perto da Primeira Guerra Mundial, por encomenda de brasileiros endinheirados que voltavam de viagem a países da Europa. Os viajantes de famílias ricas que voltavam de lá descreviam o produto a seus cozinheiros, que tentavam então reproduzir a receita pela aparência. Surge, assim,o pão francês brasileiro. 

Com o tempo, o novo pão foi ganhando apelidos locais diferentes, como pãozinho (São Paulo), pão massa grossa (Maranhão), cacetinho (Rio Grande do Sul, Bahia), pão careca (Pará), média (Baixada Santista), filão, pão jacó (Sergipe), pão aguado (Paraíba), pão de sal, ou pão carioquinha (Ceará) em diferentes cidades do Brasil.

RECOMENDAÇÃO DO EDITOR: Entre filmes e livros sobre a História do Brasil colônia.

Este final de semana assisti dois filmes interessantes que abordam, de forma divertida, os primeiros tempos do Brasil: CARAMURU e PINDORAMA. Recomendo!


Pindorama (Arnaldo Jabor, 1971) está inserido num conjunto de obras realizadas por diretores associados ao Cinema Novo durante as décadas de 1960 e 1970, que usaram temas da história do Brasil como argumento para seus roteiros. conta a “estória dos choques havidos entre os interesses colonizadores de Além-mar com os primeiros traços de personalidade de um povo que começava a nascer”.

Caramuru, A invenção do Brasil (Guel Arraz, 2001) Em 1º de janeiro de 1500 um novo mundo é descoberto pelos europeus, graças a grandes avanços técnicos na arte náutica e na elaboração de mapas. É neste contexto que vive em Portugual o jovem Diogo (Selton Mello), pintor que é contratado para ilustrar um mapa e, por ser enganado pela sedutora Isabelle (Débora Bloch), acaba sendo punido com a deportação na caravela comandada por Vasco de Athayde (Luís Mello). Mas a caravela onde Diogo está acaba naufragando ele, por milagre, consegue chegar ao litoral brasileiro. Lá ele conhece a bela índia Paraguaçu (Camila Pitanga) com quem logo inicia um romance temperado posteriormente pela inclusão de uma terceira pessoa: a índia Moema (Déborah Secco), irmã de Paraguaçu. O romance entre o descobridor e a nativa é, de fato, a história do triângulo amoroso entre Diogo, Paraguaçu e sua irmã Moema. Os três viviam em perfeita harmonia, sob os olhares do cacique Itaparica. Algum tempo depois, Diogo viaja para França para ser "condecorado" rei. Apaixonadas, Paraguaçu e Moema mergulham no mar atrás da caravela, mas só Paraguaçu chega à embarcação. Ela e Diogo continuam sua história de amor, com todos os impactos da cultura europeia na vida de uma linda índia.

SUGESTÃO DE LIVRO SOBRE O MESMO TEMA:

Capa do livro: Historia do Brazil, Samuel Dal-Farra NaspoliniHistoria do Brazil
Frei Vicente do Salvador, 356 pgs.


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SINOPSE
A obra HISTORIA DO BRAZIL, escrito em 1627, é considerada o primeiro clássico do Brasil e narra o modus vivendi do Brasil Colônia, abordando episódios conhecidos de seus primeiros governadores, bem como anedotas, o jeito de falar e de viver nas terras ainda tão novas. O livro descreve, ainda, as características da colônia, o seu clima, fauna, flora, formação do nome, o descobrimento, a divisão e povoamento das capitanias hereditárias, os assédios de franceses e holandeses à costa brasileira etc. Também é um dos primeiros estudos sobre a vida cotidiana na colônia, relatando como eram os costumes de casamento e criação dos filhos, dos ritos funerários, as línguas indígenas, anedotas etc. Esta reedição incorpora a apresentação explicativa do historiador Capistrano de Abreu, escrita em 1918.
CURRÍCULO DO AUTOR
Frei Vicente do Salvador foi o primeiro autor de uma história da jovem Colônia portuguesa, recebendo por tal o título de "Pai da História Brasileira".

sábado, 3 de novembro de 2012

ENEM: ACREDITE SE QUISER!


Neste final de semana (3 e 4/11/12) acontece o ENEM. Em homenagem aos milhares de estudantes, destacamos algumas pérolas surpreendentes das redações e questões discursivas:

- Lavoisier foi guilhotinado por ter inventado o oxigênio.

- O vento é uma imensa quantidade de ar.

- O terremoto é um pequeno movimento de terras não cultivadas.

- Os egípcios antigos desenvolveram a arte funerária para que os mortos pudessem viver melhor.

- Péricles foi o principal ditador da democracia grega.

- O problema fundamental do terceiro mundo é a superabundância de necessidades.

- O petróleo apareceu há muitos séculos, numa época em que os peixes se afogavam dentro d'água.

- O nervo ótico transmite idéias luminosas ao cérebro.

- A febre amarela foi trazida da China por Marco Polo.

- O coração é o único órgão que não deixa de funcionar 24 horas por dia.

- Quando um animal irracional não tem água para beber, só  sobrevive se for empalhado.

- As múmias tinham um profundo conhecimento de anatomia.

- O batismo é uma espécie de detergente do pecado original.

 - Na Grécia a democracia funcionava muito bem  porque os que não estavam  de acordo se envenenavam.

- O Brasil não teve mulheres presidentes mas várias primeiras-damas foram do sexo feminino.

- O Convento da Penha foi construído no céculo 16 mas só no céculo 17 foi levado definitivamente para o alto do morro.

- A História se divide em 4: Antiga, Média, Momentânea e Futura, a mais estudada hoje.

- Os índios sacrificavam os filhos que nasciam mortos matando todos assim que nasciam.

- Bigamia era uma espécie de carroça dos gladiadores, puchada por dois cavalos.

- A capital da Argentina é Buenos Dias.

- A prinssipal função da raiz é se enterrar no chão.

- Os egipícios dezenvolveram a arte das múmias para os mortos poderem viver mais.

- A Geografia Humana estuda o homem em que vivemos.

- Os Estados Unidos tem mais de 100.000 Km de estradas de ferro asfaltadas.

- As estrelas servem para esclarecer a noite e não existem estrelas de dia porque o calor do sol queimaria elas.

- As autoridades estão preocupadas com a ploleferação da pornofonografia na Internet.

- A ciência progrediu tanto que inventou ciclones como a ovelha Dolly.

- Hormônios são células sexuais dos homens masculinos.

- Onde nasce o sol é o nacente, onde desce é o decente.

- A terra é um dos planetas mais conhecidos e habitados no mundo. Os outros planetas menos demográficos são: Mercurio, Venus, Marte, Lua e outros 4 que eu sabia mas como esqueci agora e está na hora de entregar a prova, a senhora não vai esperar eu lembrar, vai ? Mas tomara que não baixe minha nota por causa disso porque esquecer a memória em casa todo mundo esquece um dia, não esquece ?

“A floresta está cheia de animais já extintos. Tem que parar de desmatar para que os animais que estão extintos possam se reproduzirem e aumentarem seu número respirando um ar mais limpo” 


E MUITO, MUITO MAIS...

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Doce lembrança de meu pai!


Naquela mesa ele sentava sempre
E me dizia sempre o que é viver melhor
Naquela mesa ele contava histórias
Que hoje na memória eu guardo e sei de cor
Naquela mesa ele juntava gente
E contava contente o que fez de manhã
E nos seus olhos era tanto brilho
Que mais que seu filho
Eu fiquei seu fã
Eu não sabia que doía tanto
Uma mesa num canto, uma casa e um jardim
Se eu soubesse o quanto dói a vida
Essa dor tão doída, não doía assim
Agora resta uma mesa na sala
E hoje ninguém mais fala do seu bandolim
Naquela mesa ta faltando ele
E a saudade dele ta doendo em mim
Naquela mesa ta faltando ele
E a saudade dele ta doendo em mim.

31/10 - Samhain: Ano Novo Celta e o Halloween

A palavra gaélica Samhain (se pronuncia Sou-win) significa "sem luz" ou "fim do verão", a noite em que o mundo mergulha na total escuridão da alma, preparando-nos para a chegada das noites frias. Na Irlanda antiga, todos os anos um novo fogo sagrado era aceso, com o qual se acendiam todos os demais fogos do vilarejo para queimar durante todo o inverno, com o objetivo de levar luz através do tempo escuro do ano...

No Samhain homenageia-se a memória dos antigos preparando alimentos de sua preferência e contando suas histórias aos seus descendentes. Ao anoitecer, acendiam velas nas janelas da frente de sua casa, em sinal de respeito aos seus antepassados.

A versão cristã do Samhain é o Dia de Todos os Santos (1o de novembro), que foi introduzido pelo Papa Bonifácio IV, no século VII, para substituir o festival pagão. O Dia dos Mortos (que cai a 2 de novembro) é outra adaptação cristã ao antigo Festival dos Mortos. é observado pela Igreja Católica Romana como um dia sagrado de preces pelas almas do purgatório.

No Samhain os jovens colocavam disfarces estranhos e vagavam pelos campos, fingindo ser os mortos que voltaram ou espíritos do outro mundo. Meninos e meninas trocavam de roupas um com o outro, e saiam pregando peças e travessuras nos membros mais velhos de cada aldeia. É a origem do Halloween.

A Irlanda é considerada como o país de origem do Halloween. Nas áreas rurais, as pessoas acedem fogueiras, como os celtas faziam nas origens da festa e as crianças passeiam pelas ruas dizendo o famoso “tricks or treats” (doces ou travessuras). O Halloween foi levado para os Estados Unidos em 1840, por imigrantes irlandeses que fugiam da fome pela qual seu país. No Brasil chegou com os cursos de inglês e filmes americanos que difundiram a cultura.