segunda-feira, 29 de abril de 2013

21/05/2013 - II TERTÚLIA LITERÁRIA INSTITUTO MEMÓRIA




O Instituto Memória Editora & Projetos Culturais e o BRDE – Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo-Sul convidam para mais um evento cultural que visa dar vez e voz à cultura nacional.  Serão mais 08 obras literárias que teremos a honra e o orgulho de entregar  à sociedade. Esta cumplicidade autor-editora que materializou este projeto em forma de livro tem como destino único o LEITOR.


Divulgue! Compareça!
Apoie nossa cultura!

Para ver como foi a ITERTÚLIA clique no link abaixo:

LITERATURA E ARTE ÀS DÚZIAS!


Anthony Leahy – Editor

Conselheiro da Academia Brasileira de Arte, Cultura e História - SP
Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná e da Academia de Cultura de Curitiba

Lançamento Nacional e Noite de Autógrafos das Obras:
"Viajar pela leitura
sem rumo, sem intenção.
Só para viver a aventura
que é ter um livro nas mãos."

VIAJAR É PRECISO? – CRÔNICAS DE VIAGEM – COLEÇÃO RUMOS
Bebeti Mader do Amaral Gurgel (Jornalista) Beto Richa (Governador do Paraná) – Bernadete Zagonel (Escritora e Vice-presidente de cultura da Associação Comercial do Paraná) – Eri Kunrath (Empresário e Presidente do Rotary Club de Curitiba – Curitibão) – Esther Jardim (Escritora) – Izabel Rosa (Escritora) – Ivone Lange (Escritora) – Jocelino Freitas (Escritor) – José Aparecido Fiori (Jornalista) – Marcos Cordiolli (Escritor e Presidente da Fundação Cultural de Curitiba) – Mara Sampaio ( Escritora) – Marilena Wolf de Mello Braga (Empresária e Escritora) – Neyd Montingelli (Escritora) – Luiz Eduardo Gunther (Desembargador no Trbunal do Trabalho-TRT 9 e Escritor).

AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO
de Eugênia Vianna Picone


BOLSA FAMÍLIA E RENDIMENTO ESCOLAR
de Eliete Maceno Novak


XONDÓ E O FURTO DA VASOURA
AS INCRÍVEIS AVENTURAS DE UM PIÁ CURITIBANO
de Paulo Marcelo Soares da Silva
Menção Honrosa no 1° Concurso Nacional de Romances Juvenis,
promovido pela Academia Paranaense de Letras



FUGA PARA O MUNDO ANCESTRAL
de Sadi Franzon



E AGORA JOSÉ? “Apenas 34 casos no mundo!”
EXPERIÊNCIAS DE VIDA E LUTA PARA SUPERAR A GANGLIONOPATIA
de José Raimundo Bonato


FRAGMENTOS IN TERCETOS
de Willians Franklin Lira dos Santos e Luiz Eduardo Gunther


CONSUMO E CONSUMISMO
CoordenadorCarlyle Popp 
Colaboradores: Alex Sandro Noel Nunes - Amarílio H. Leal de Vasconcellos - Ana Cecília Parodi - Bruna Singh - Carlyle Popp- Ingrid Karoline Trinkel - Marcelo de Souza Sampaio - Raissa de Cavassin Milanezi - Rudhá Baluta 




SERVIÇO:
II TERTÚLIA LITERÁRIA INSTITUTO MEMÓRIA

Data: 21 de Maio de 2013
Horário: das 19h às 22h

Local: Palacete dos Leões - Av. João Gualberto, 530, Alto da Glória.
# Estacionamento interno gratuito #

segunda-feira, 22 de abril de 2013

23/04/2013 - O Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor

Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor (também chamado de Dia Mundial do Livro) é um evento comemorado todos os anos no dia 23 de Abril, organizado pela UNESCO para promover a o prazer da leitura, a publicação de livros e a proteção dos direitos autoraisNesta data celebra-se também o Direito de Autor, que é reconhecido pela Declaração Universal dos Direitos do Homem, o direito de autor funciona simultaneamente como garantia de defesa do patrimônio e dos valores culturais.
O dia foi criado na XXVIII Conferência Geral da UNESCO que ocorreu entre 25 de Outubro e 16 de Novembro de 1995.
A data de 23 de Abril foi escolhida porque nesta data do ano de 1616 morreram Miguel de Cervantes e William Shakespeare. 

Para mim não se trata de DIA DO LIVRO e sim DIA DO AUTOR, DO ESCRITOR! Este idealista sonhador que teimosamente, contra tudo e contra todos, insiste e compartilhar sua visão do mundo, sua produção intelectual. Sem autor não existe livro, editoras... Sou editor e reconheço a importância vital deste herói quixotesco a lutar contra os dragões da indiferença. 

Fica a homenagem nas palavras  de Leminski:


Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?
(“Razão de Ser” - Leminski)

domingo, 21 de abril de 2013

COLEÇÃO PRIMEIRO LIVRO - PARA ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL


Todo editor tem que ir onde os autores e leitores estão! 

Eles são o ponto de partida e de chegada de todos os nossos esforços. 

No lançamento do primeiro livro da Coleção Primeiro Livros foi literalmente uma festa, pois o lançamento foi na festa de aniversário da autora. Tudo lindo e maravilhoso. 

A Camila Sofia Bueno - autora que fez 11 anos - é filha da também autora Renata Jurach Bueno. 

O objetivo desta coleção é incentivar a leitura e a escrita entre alunos do ensino fundamental, mostrando como é fácil e prazeroso. 

Gosto da ideia de lançamento festa; lançamento encontro, lançamento descontração.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

VALMOR WEISS: O prisioneiro da cela 310

Alegre, sorridente e afável, como sempre. Valmor Weiss estaciona o carro na Avenida João Gualberto, atravessa a pista do expresso e vai à panificadora Italipan, do amigo Márcio. Cumpre uma rotina: comprar pão para levar para casa. Um cidadão comum, para quem não conhece a sua história. Da época da ditadura e a mais recente, a do empresário.

Aquele homem de pequena estatura, aparência frágil, é uma fortaleza. Carrega uma história com episódios que poderiam tê-lo arrasado, em todos os sentidos. Mas, não, continua o mesmo Valmor Weiss, o sargento expulso do Exército, o jornalista da Última Hora, o prisioneiro da cela 310. 

Parte da história do Valmorzinho, como é chamado pelos ex-companheiros de luta e amigos, está contada no livro “O Prisioneiro da Cela 310”, a ser lançado em breve pelo Instituto Memória – Editora&Projetos Culturais, de Curitiba. 
Resgate da história
“O Prisioneiro da Cela 310”, escrito pelo jornalista Milton Ivan Heller, conta a história desse catarinense de Rio do Sul, onde nasceu a 8 de outubro de 1937, que enfrentou perseguição em dose dupla com o golpe civil-militar de 64. 

Afinal, além de trabalhar como jornalista da Última Hora/Paraná, era sargento do Exército. E assinava na UH a coluna Plantão Militar, que também existia nas demais edições da rede de jornais de Samuel Wainer.

Milton Ivan Heller relata que a intenção do sargento Weiss era divulgar as atividades da Associação dos Subtenentes e Sargentos do Exército, da qual acabaria sendo eleito vice-presidente.

Em 1964, o general Ernesto Geisel comandava a 5.ª Região Militar, em Curitiba. Walmor foi preso como “subversivo” logo após o golpe, acusado de insuflar a indisciplina nas Forças Armadas.
Após tortura e ameaças de fuzilamento, depois de 16 meses de prisão incomunicável foi libertado por decisão do Tribunal Superior Militar (STM). 

Weiss, que viraria preso político da cela 310 no Presídio do Ahú, em Curitiba, recorda que eram tempos de radicalização, de ódios exacerbados e de violência por todos os lados.
- Adversários eram inimigos que deveriam ser exterminados e a UDN batia à porta dos quartéis em busca de apoio para derrubar o governo.
O sargento e o general, frente a frente
Natureza Morta teve acesso aos originais do livro, numa cortesia de Valmor e do Milton Ivan. Vai daí que revela como foi o encontro do então sargento com o general então ainda não presidente.
No QG da 5.ª Região, hoje Solar do Barão, Valmor defrontou-se com o general Ernesto Geisel.

- Sabemos da sua participação no movimento dos sargentos e o senhor está conturbando o ambiente dentro do Exército.
- General, eu sempre tive orgulho de ser militar e participamos de reuniões para evitar que outros queiram deturpar o movimento, que é legítimo.
Não adiantou. Valmor pegou cadeia por quebra da disciplina e participação em reuniões políticas e subversivas. E, ao ser dispensado, recebeu a advertência:
- Você não perde por esperar.

Não deu outra.

Livro fala da importância do toque no desenvolvimento da criança

Destinado aos que trabalham com crianças de zero a três anos.

Por Marisa De Lucia

Título: O Toque: Essência da Educação Infantil: Vislumbre de uma Nova 
Humanidade

Autora: Renata Jurach Bueno

Editora: Instituto Memória

Número de páginas: 116

                       Sinopse “O Toque: Essência da Educação Infantil”



Destinado aos profissionais da Educação Infantil, às famílias e a todos 
que trabalham com crianças na faixa etária de zero a três anos. Este livro 
aprofunda os conhecimentos dessas pessoas para que possam assumir o papel 
de atores principais na formação de uma nova humanidade. “Sabe-se que 
os registros que ficam nos bebês, do modo como foram tocados e como eles 
próprios tocaram o mundo, definirão muito do que eles serão como adultos, 
devido ao fato de que os bebês encontram-se na fase sensório-motora” 
(Piaget). A autora sugere colocar uma rede dentro do berço para embalar 
os bebês de modo que eles recebam este acolhimento, primordial para 
seu desenvolvimento.



Um número alarmante de crianças, desde a mais tenra idade, são privadas do 
mais importante direito do ser humano: o direito ao afeto. Parece muito 
simples... parece banal... mas não é. Infelizmente nem todos aqueles que 
exercem papéis muito influentes nas relações com crianças: pais, avós, 
irmãos, "cuidadores" etc. sabem como exteriorizar adequadamente o carinho, 
o amor, os cuidados. Muitas vezes, quando ocorre a ruptura do laço conjugal, 
pais ou mães, responsáveis pela guarda, propõe acordos que abrangem saúde, 
escolaridade, atividades artísticas e esportivas, julgando que tais cuidados 
satisfazem as necessidades infantis. Mas o que as crianças mais querem é o 
colo, o abraço, a presença calorosa. Entretanto, hoje em dia os pais 
restringem, cada vez mais, o tempo de convivência. Os pais não estão mais 
disponíveis para seus filhos. O trabalho da Renata, embora dirigido ao 
desempenho de cuidadores de crianças, atinge a todos os que com elas 
convivem, por razões familiares ou por razões profissionais: médicos, 
professores, psicólogos, babás.



O tema, embora possa parecer singelo, é revolucionário, porque os efeitos da 
falta de afeto são avassaladores. Os adultos tendem a dedicar cada vez menos 
tempo às crianças e tal fato reflete, diretamente, a insuficiência de 
cuidados. Tal insuficiência repercutirá na saúde física e mental, na 
segurança, no desempenho escolar e no futuro desempenho profissional. 
Consiste em elevada missão dar afeto como força dinâmica que impulsiona para 
o infinito. E não há como recuperar o "vácuo" da falta de amor. Como diz o 
poeta "... fica faltando um pedaço." Desejo que esta obra singela, escrita 
por uma cuidadora de crianças, seja a expressão do impulso estável e 
seguramente direcionado para uma nova humanidade.

                                                   Sobre a autora:



A escritora Renata Jurach Bueno é Pedagoga, Terapeuta Naturista e Mestre em 
Reiki. Trabalha como educadora na Prefeitura Municipal de Curitiba e ministra 
cursos de Reiki. Desde 1996 participa de cursos e encontros terapêuticos 
em busca do autoconhecimento. Vivenciou diversas técnicas, dentre elas: 
renascimento, respiração holotrópica, regressões, transmutação de energia 
por meio de mantras e/ou visualizações, xamanismo, cristalterapia, 
cromoterapia, educação somática, psicomotricidade relacional, eneagrama, 
massagens reichiana e zen-shiatsu. É membro da Ordem Rosazruz desde 1993, 
foi iniciada na Maçonaria em 2001 na Loja Maçônica Simbólica Mista Harmonia 
Fraterna nº 17. Participa de estudos a respeito da Grande Fraternidade Branca 
no Núcleo Terapêutico Anahata, Curitiba, Pr. 

A intenção de Renata sempre foi trabalhar em berçários para poder saber 
exatamente como é a prática com os bebês. Trabalha também como Agente de 
Leitura no Projeto Comunidade Escola da Prefeitura Municipal de Curitiba. 
Em momentos de contação e leitura de histórias ela interpreta a Maria da 
Graça (foto) irmã da Ellie do Filme "UP! Altas Aventuras". Seu personagem 
conta histórias dentro de uma barraca bem escura, por isso, utiliza uma 
lanterna para iluminar.

Como você avalia a proposta do Instituto Memória de dar Vez e Voz ao autor e à cultura regional brasileira, acreditando que ao resgatar e consolidar a identidade regional estará promovendo e protegendo a diversidade cultural nacional, afinal para ser diverso temos que ser vários?

Gosto e admiro a proposta do Instituto Memória. Precisamos apoiar estes movimentos e incentivá-los cada vez mais, afinal, é a nossa história, nossa identidade. Marcos Pedri, diretor comercial do grupo Livrarias Curitiba.

Por que 19 de abril é o dia do índio?


clique na capa para ampliar
Os Índios e seus Algozes
Autor: Milton Ivan Heller
Páginas: 168 pgs.
Ano da Publicação: 2011
Editora: Instituto Memória
Preço: R$ 35,00

SINOPSE

Uma data que só não cai no esquecimento porque é lembrada aqui e ali pelos jornais, com entrevistas de antropólogos ou representantes de uma ONG supostamente defensora dos índios. Por vezes repetindo melancolicamente as mazelas do passado, raramente denunciando os crimes que continuam sendo praticados e acobertados pela velha impunidade de sempre. Não há o que comemorar mas há muito a lamentar. Porque raios então esse dia do índio? Esta história começou em 1940 no México. Antropólogos, pesquisadores e curiosos reuniram-se na cidadezinha de Patzcuaro, no I Congresso Indigenista Americano. Uma reunião que teve muito bla-bla-blá e pouquíssimos índios e que não decidiu nada, a não ser consagrar o 19 de abril como o dia anual do índio, sem que alguém se lembrasse de avisar os povos da floresta. No Brasil, a pedido do general Cândido Mariano da Silva Rondon e por decreto de 2 de junho de 1943, o presidente Getúlio Vargas decretou que o 19 de abril fosse dedicado aos índios, como nos demais países americanos. O falado descobrimento do Brasil já foi badalado de todas as maneiras. Poucos autores lembram que a chegada da frota de Pedro Alvares Cabral representou parte da política expansionista de Portugal, segundo a lógica mercantilista de estabelecer e explorar colônias de além-mar. Para desgraça geral de todas as tribos, os portugueses consideravam os indígenas como seres “sem alma” que deveriam ser cristianizados e trabalhar de graça para honra e glória da metrópole e dos comerciantes lusos. E os índios que viviam sem subordinação alguma e não conheciam o conceito de riquezas baseadas na acumulação e na rapina, viram-se constrangidos a trabalhos forçados, até para substituir as bestas de carga que na Terra de Sta. Cruz não existiam. A exploração da colônia começou com a exploração do índio, quase sempre com o amparo da Igreja católica. Há estimativas divergentes e pouco confiáveis, mas acredita-se que de três a cinco milhões de índios viviam no Brasil, divididos em tribos maiores ou menores, com idiomas aparentados, em sua maioria derivados da língua tupi-guarani. Com o massacre iniciado logo após o desembarque dos marinheiros de Cabral e aventureiros que muito se admiraram da exuberância das matas de um país tropical e da higidez e o asseio dos nativos que andavam nus e banhavam-se nos rios várias vezes ao dia, perderam-se mais de 1.200 dialetos e reduziu-se drasticamente a população. A conquista dos povos pré-colombianos realizada pelas coroas de Portugal e da Espanha foi uma das mais sangrentas da história da humanidade, referida pelo filósofo Michel de Montaigne: “... quantas cidades arrasadas, quantas nações exterminadas, quantos milhões de povos passados a fio de espada. Nunca a ambição humana chegou a promover coisas tão horríveis e miseráveis”. Antes da chegada de Colombo as Américas eram habitadas por enorme quantidade de povos, cerca de 500 a 700 milhões de pessoas ou 2 0% da população mundial em fins do século XV. Principalmente na América Central e ao noroeste da América do Sul, além do México e do Peru. Para alguns historiadores no restante do continente parece ter existido um grande vazio, abrangendo a região platina, o Brasil, o Caribe e praticamente toda a América do Norte. Porém estudos mais recentes vieram problematizar este quadro e as pesquisas feitas na Amazônia brasileira indicam concentrações maiores de povos do que admitia nossa vã sabedoria, cerca de cinco milhões de anos atrás, ou em tempos ainda mais remotos. Há controvérsias, mas predomina a hipótese de que os índios do Brasil e da América espanhola chegaram a estas paragens através de grandes migrações, desde a Sibéria e o Nordeste da Ásia. Persistem muitas dúvidas e isso se deve em grande parte ao nosso sistema educacional arcaico. Os livros didáticos ainda omitem questões importantes, relativas ao papel dos povos précolombianos, a distribuição espacial das populações, sua diversidade cultural, o nível de desenvolvimento tecnológico, compreendendo desde a elaboração de calendários astronômicos que exigem cálculos matemáticos avançados e o estudo do universo, até mentalidades animistas (a crença de que todos os seres naturais possuem alma). Assim como a presença de culturas que remetem ao período paleolítico, o mais antigo da pré-história, o que não é o caso das tribos encontradas no Brasil que tinham suas leis (embora não escritas), praticavam a agricultura e tinham habilidades manuais representadas por  suas armas, cestaria e cerâmica diversificadas, redes, enfeites, colares, braçadeiras e utensílios de cozinha, armadilhas para pescar e por aí vai. Dito isso fica evidente que povos canibais e grupos coletores e caçadores conviviam com civilizações que possuíam conhecimentos científicos, desenvolvimento comercial, produção coletiva e técnicas de irrigação. O confronto com os europeus foi dramático para os indígena s  que tiveram seus padrões culturais transformados, em virtude da aculturação sofrida. A maioria dos povos simplesmente desapareceu, como os tupinambás da costa brasileira. Outros mantiveram-se precariamente à custa de incessantes deslocamentos para fugir do homem branco, das doenças que ele trazia e do trabalho forçado nas minas e serviços gerais. Além dos ataques corriqueiros aos seus aldeamentos que resultavam em mortes e aprisionamentos, e na separação entre pais e filhos. Os aventureiros que aqui chegavam em bandos vinham solteiros. Diz a lenda que as índias de grande beleza e sensualidade ofereciam-se para gerar os primeiros mamelucos que tempos depois integrariam as tropas de bandeirantes para chacinar e aprisionar índios de centenas de etnias em todo país. Mas é certo que as mulheres que repudiavam o assédio dos lusitanos eram espancadas e estupradas. Há exceções como os povos guaranis e kaigangs que ora conforma vam-se com os métodos dos conquistadores e dos colonos europeus que viriam mais tarde, ora resistiam disputando palmo a palmo as terras que haviam sido concedidas aos europeus em léguas. Lutavam de peito aberto contra inimigos bem armados e bem nutridos, ou desenvolviam tocaias e práticas de guerrilha que semeavam o pânico entre os latifundiários, os colonos, os jagunços e os militares destacados para exterminá-los. Estes e outros episódios e fatos que nos enchem de vergonha e repugnância são relatados neste livro, com algumas revelações surpreendentes. Entre elas a existência de um número maior de indígenas entre Mato Grosso e o Rio Grande do Sul do que na Amazônia, que permaneceu isolada e com precárias comunicações durante séculos, o que permitiu a sobrevivência de povos que naqueles estados foram exterminados. O Paraná foi um dos mais castigados pela violência dos europeus, registrando-se nada menos de cinco ciclos de crimes hediondos contra os indígenas. Portugueses e e spanhóis alternaram-se e aliaram-se nesta empresa sinistra. Particularmente no período em que Portugal foi subordinado à coroa espanhola, entre 1580 e 1640, quando se intensificou a caça aos índios, provocando o esvaziamento demográfico de extensas áreas, não só no Paraná mas também em Sta. Catarina. Para isso tivemos que consultar uma extensa bibliografia, recolhendo informações com espírito crítico alerta. Embora discordemos aqui e ali de suas interpretações e conclusões, é obrigatório reconhecer a contribuição de cada um, os esforços e pesquisas que realizaram para manter viva a tragédia dos índios brasileiros. Lembrar e relembrar é preciso, pois um povo que não tem memória não tem história.

MILTON IVAN HELLER: Um dia entrei no velho Diário da Tarde, de Curitiba, como “repórter”. A profissão não era regulamentada e qualquer um que soubesse ler, escrever e contar podia ser admitido. Tive que subir degrau a degrau o ofício que apesar de mal remunerado me ligava aos fatos correntes do mundo. Todo dia conhecia gente nova e aprendia alguma coisa. Achei o meu caminho. Passei pelo O Dia, o Diário do Paraná, a Rádio Cultura, Revista Panorama e em 1959 ingressei na sucursal da Última Hora, dirigida por Carlos Coelho, um mestre do jornalismo brasileiro. Aquilo era um verdadeiro Butantã, reunindo os melhores profissionais da praça, como Mussa José Assis, Jairo Régis, Adherbal Fortes de Sá Júnior, Sílvio Back, Ronald Osty Pereira, Cícero Catani, Celina Luz, Luiz Geraldo Mazza, Aramis Milarch, Maurício Távora, Maurício Fruet etc. Profissionais conscientes do papel do jornal numa época de grande efervescência política, a responsabilidade dos jornalistas no dia a dia, a obrigação de ser fiel aos fatos, de escrever de forma sucinta e objetiva, o direito de criticar e denunciar e por aí vai. Eu bebi desta água e segui em frent e, passando pela TV Globo de Minas Gerais, Jornal do Brasil, Editora Abril (Revista Placar), etc. Pendurei as chuteiras em 2001 e passei a escrever livros, sendo o último a Conspiração Nazista nos Céus da América. Último não porque apesar da minha senilidade galopante ainda tenho outros projetos pela frente. A começar por uma nova visão do Contestado, de triste memória, focalizando principalmente a história e o drama dos vencidos.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

INSTITUTO MEMÓRIA: Conheça nossa História!


Fernando Pessoa disse que "Para viajar basta existir". Eu afirmo que para escrever basta existir... e assim continuaremos existindo muito além do amanhã!


10 anos de luta incondicional pela cultura nacional. 10 anos acreditando no poder das palavras na construção de um novo mundo! Um mundo que coubesse todo mundo! Tudo começou quando eu pedi para sair da Direção Executiva da Editora Fama que à época editava a Revista Where Curitiba. Fundei o Instituto Memória que passou a funcionar em uma sala emprestada pela PUCPR no Edifício Tijucas. Lá produzimos a nossa primeira revista a pedido da CNBB: RESOL – Revista da Rede Solidária, de circulação nacional e que tinha a previsão de 02 edições. Circulou 04 edições! Em 2005 produzimos, também para a CNBB, a revista AMAZÔNIA discutindo a realidade e o futuro dos povos da Amazônia.


Foi então que surgiu o primeiro livro de minha autoria e o primeiro publicado pelo Instituto Memória: Curitiba nas Curvas do Tempo. Em parceria com o Instituto Pró-Cidadania de Curitiba vendemos mais de 10 mil exemplares. Em função deste livro fui agraciado com  o Prêmio de Mérito Cultural Fernando Amaro pela Câmara Municipal de Curitiba.




Logo após lançamos os nossos dois primeiros autores: Cláudio Slaviero <livro A vergonha nossa de cada dia> e Elmo Heck <livro O padre e a Judia>.




De lá para cá já escrevi 12 livros e já publiquei, enquanto editor, mais de 250 obras, entre literárias e acadêmicas. Já desenvolvemos inúmeros projetos de responsabilidade cultura e social por todo o país e já ganhamos mais de 20 prêmios nacionais, inclusive a Cidadania Honorária de Curitiba, a Comenda Nobres Cavaleiros de São Paulo, a Comenda Rui Barbosa e o Prêmio Nacional de Qualidade Editorial no segmento Cultura Regional.




Temos o orgulho de ter lançado livros de todas as ideologias políticas e credos. Lançamos livros de capitalistas fervorosos e de comunistas históricos. Lançamos livros de Católicos, Evangélicos, Mórmons, Espíritas e Ateus. Muita vezes civilizadamente juntos no mesmo evento. Defendemos e promovemos o contraditório como estratégia essencial de construção de uma sociedade digna e justa. A exigência é que a obra seja boa, bem escrita, bem desenvolvida e com uma proposta clara. O resto é debate que enriquece! Não acreditamos em patrulhamento ideológico e nem na padronização da escrita. Entendemos a escrita como extensão da forma de ser do escritor e isto tem que ser respeitado. Devemos lembrar que mesmo sem editoras e livrarias sempre existirão autores, mas sem autores, não existirão editoras e livrarias! 


Não quero julga aos outros, mas faço questão de conhecer, pessoalmente ou por telefone, todos os autores que publico. Leio todos os originais aprovados pelo Conselho Editorial. Participo de todos os lançamentos. Afinal, para se afirmar editor tem que ter um real comprometimento com o autor e sua obra. Nestes 10 anos foram mais de 300 eventos, entre lançamentos, feiras, palestras e bate-papo em livrarias. Construir pontes entre o Autor e o Leitor: esta é a nossa missão!





Nada do que fazemos é descomprometido! Rechaçamos qualquer descomprometimento, pois entendemos como covardia e cumplicidade. Quem cala, consente... submete - se! Mais, quem submete-se, é cúmplice! Quem é cúmplice, é co-autor! Responsabilidade solidária! “Para que o mau vença basta que os bons nada façam”, afirma Burke. Luther King complementa: “O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons”. Nenhum saber é descomprometido e tem fim em si mesmo! Todas as nossas ações têm como ponto de partida e meta o Ser - Humano. Cada palavra, cada palestra, cada livro nosso está a serviço do resgate e convalidação da dignidade humana.

As dificuldades foram muitas... mas “o que não nos mata nos fortalece” e estamos, com a cumplicidade dos nosso autores e leitores, cada vez mais fortes dando Vez e Voz à cultura nacional.

Valeu a pena?

Respondo com Leminski:

"valeu encharcar esse planeta de suor
valeu esquecer as coisas que eu sei de cor
valeu encarar essa vida que podia ser melhor

valeu"

Lembrem-se: o que não se compartilha, se perde!

MARQUE SEU TEMPO E DEIXE O SEU LEGADO.

Anthony Leahy – Editor

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Revisando a história oficial: “Os imigrantes europeus exterminaram os povos indígenas. Não foi brincadeira. Desde o século 16, foram quatro ciclos de massacre aqui no Paraná. Por que ninguém estuda o assunto?” Milton Ivan Heller, jornalista e escritor

Os índios e os seus algozes
Milton Ivan Heller discute a importância dos povos indígenas no território paranaense na obra Os Índios e os Seus Algozes editado pelo Instituto Memória Editora & Projetos Culturais.
A obra, que contou com pesquisa formal de três anos, mas esteve no imaginário do autor por décadas, trata, de maneira geral, da matança dos povos indígenas.
“No que diz repeito à História do Brasil, o sistema educacional é falho. Escrevi este livro com a finalidade de discutir um assunto muito importante, que não costuma ser estudado”, afirma Heller, um jornalista, atualmente aposentado, que atuou nos jornais Diário do Paraná, Última Hora, Jornal do Brasil, entre outros veículos de comunicação.
Neste livro, Heller direciona o seu olhar para os índios de quase todo o Brasil, mas foca, com mais precisão, nos povos indígenas que habitaram o território parananese, entre os quais guaranis, caingangues, botocudos e xetás. “Houve uma matança geral desses índios, verdadeiras ações de extermínio”, diz o autor. Ele, inclusive, faz uma divisão da matança, no Paraná, em quatro ciclos.
De 1530, início da presença portuguesa no estado, a 1853, emancipação política do Paraná, ocorreu a primeira parte do extermínio. “Os portugueses estavam em conflito com os espanhóis, e ambos [portugueses e espanhóis] exterminaram os índios, além de levá-los acorrentados para vendê-los, como escravos, em São Paulo”, conta o jornalista e escritor.
O segundo ciclo, comenta Heller, seguiu do final do século 19 até meados do século 20, período que diz respeito à chegada de variados imigrantes europeus ao estado. “Os índios não gostavam de ser escravizados, eram rebeldes, portanto, precisavam ser eliminados. E, nesse segundo ciclo, já havia levas de europeus aqui para trabalhar”, explica.
Durante a primeira metade do século 20, quando ocorreu a ocupação de Guarapuava e Palmas, houve o terceiro ciclo de extermínio de índios.
E, em 1955, com o avanço da cafeicultura no norte do Paraná, é o momento do quarto, e último, ciclo de “caça ao índio” no estado. “Nesse período, foram exterminados os xetás”, afirma Heller.
Os homens sem alma
Se o jornalista não tem um nú­­mero preciso de quantos índios foram assassinados, apesar de muita pesquisa, ele coleciona outros dados que ajudam a entender quem foram, de modo geral, esses povos que viveram, desde muito tempo, no território paranaense. De guaranis a xetás, diz o autor, os indígenas eram polígamos. “Cada homem vivia com mais de uma esposa”, e as tribos tinham, em média, de 70 a cem pessoas.
Para justificar o ataque aos índios, diz Heller, os europeus valeram-se de diversos argumentos. “Os homens sem alma. Dizia-se isso sobre os índios. Também era comum afirmar que os índios não eram gente. E, não sendo gente, poderiam ser ‘abatidos’”, completa Heller.
O jornalista, conhecido pelo seu engajamento na resistência ao golpe militar, autor, entre outros, do livro Memórias de 1964 no Paraná (em parceria com Maria de Los Angeles G. Duarte), afirma que a sua obra mais recente é uma denúncia. “Contra uma chacina que ocorreu no Paraná”, diz.
Reprodução / “Os imigrantes europeus exterminaram os povos indígenas. Não foi brincadeira. Desde o século 16, foram quatro ciclos de massacre aqui no Paraná. Por que ninguém estuda o assunto?” Milton Ivan Heller, jornalista e escritor 
“Os imigrantes europeus exterminaram os povos indígenas. Não foi brincadeira. Desde o século 16, foram quatro ciclos de massacre aqui no Paraná. Por que ninguém estuda o assunto?” 
Milton Ivan Heller, jornalista e escritor

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GAZETA DO POVO - CADERNO G - Publicado em 26/04/2011 | MARCIO RENATO DOS SANTOS

domingo, 7 de abril de 2013

Destaque: João Manuel Simões - Autor do Instituto Memória

"Do sonho, sempre eu empunhei a lança,
vendo de longe o farol do meu ideal.
Montado no corcel da esperança,
como Amadis busquei o Santo Graal:
mãos de soldado e olhos de criança.
Quem dirá se fiz bem ou se fiz mal?

Eu nunca fui derrotado.
Perdendo embora, ganhei.
Mesmo quando derrubado,
eu venci. Porque lutei.

Destemido, lutar a toda hora,
mesmo quando cansado,
foi minha perpétua lei,
meu duro fardo.
O que dizer mais? Não sei!"

João Manuel Simões

Ladainha do Ser
Autor: João Manuel Simões
Editora: Instituto Memória
Preço: R$ 30,00

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Os Criadores e suas Obras
Autor: João Manuel Simões
Editora: Instituto Memória
Preço: R$ 55,00

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Palestras & Ensaios sobre Autores de Língua Portuguesa
Autor: João Manuel Simões
Editora: Instituto Memória
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Pensamentos Extraídos do meu Diário Intemporal
Autor: João Manuel Simões
Editora: Instituto Memória
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