domingo, 4 de novembro de 2012

O FRANCÊS QUE NÃO EXISTE NA FRANÇA!



Não se sabe quando o pão começou a ser feito nem como era o pão de antigamente! Historiadores defendem que o pão tenha surgido há 12 mil anos, na Mesopotâmia, juntamente com o cultivo do trigo. Outros defendem que o pão está ligado aos homens desde 300.000 a.C. 

Os primeiros pães eram achatados, duros, secos e muitos amargos. Eram assados sobre pedras ou embaixo de cinzas. O primeiro pão assado em forno de barro foi a 7000 a.C. no Egito, que mais tarde descobriram o fermento. O pão chegou à Europa em 250 a.C. sendo preparado em padarias, mas com a queda do império romano, as padarias fecharam e o pão teve que ser feito em casa. Somente a partir do século XII a França começou a melhorar e então no século XVII o país se destacou como centro mundial de fabricação de pães.

No Brasil, o pão começou a ser popular no século XIX, apesar de ser conhecido desde os colonizadores. Os pães feitos no Brasil eram escuros enquanto na França o pão era de miolo branco e casca dourada. O pão francês que tanto é usado no Brasil não tem muito a ver com os verdadeiros pães francês, pois a receita do pão francês no Brasil só surgiu no início do século XX e difere do pão europeu por conter um pouco de açúcar e gordura na massa.

A receita do pão francês hoje mais consumido no Brasil surgiu no início do século XX, provavelmente perto da Primeira Guerra Mundial, por encomenda de brasileiros endinheirados que voltavam de viagem a países da Europa. Os viajantes de famílias ricas que voltavam de lá descreviam o produto a seus cozinheiros, que tentavam então reproduzir a receita pela aparência. Surge, assim,o pão francês brasileiro. 

Com o tempo, o novo pão foi ganhando apelidos locais diferentes, como pãozinho (São Paulo), pão massa grossa (Maranhão), cacetinho (Rio Grande do Sul, Bahia), pão careca (Pará), média (Baixada Santista), filão, pão jacó (Sergipe), pão aguado (Paraíba), pão de sal, ou pão carioquinha (Ceará) em diferentes cidades do Brasil.

RECOMENDAÇÃO DO EDITOR: Entre filmes e livros sobre a História do Brasil colônia.

Este final de semana assisti dois filmes interessantes que abordam, de forma divertida, os primeiros tempos do Brasil: CARAMURU e PINDORAMA. Recomendo!


Pindorama (Arnaldo Jabor, 1971) está inserido num conjunto de obras realizadas por diretores associados ao Cinema Novo durante as décadas de 1960 e 1970, que usaram temas da história do Brasil como argumento para seus roteiros. conta a “estória dos choques havidos entre os interesses colonizadores de Além-mar com os primeiros traços de personalidade de um povo que começava a nascer”.

Caramuru, A invenção do Brasil (Guel Arraz, 2001) Em 1º de janeiro de 1500 um novo mundo é descoberto pelos europeus, graças a grandes avanços técnicos na arte náutica e na elaboração de mapas. É neste contexto que vive em Portugual o jovem Diogo (Selton Mello), pintor que é contratado para ilustrar um mapa e, por ser enganado pela sedutora Isabelle (Débora Bloch), acaba sendo punido com a deportação na caravela comandada por Vasco de Athayde (Luís Mello). Mas a caravela onde Diogo está acaba naufragando ele, por milagre, consegue chegar ao litoral brasileiro. Lá ele conhece a bela índia Paraguaçu (Camila Pitanga) com quem logo inicia um romance temperado posteriormente pela inclusão de uma terceira pessoa: a índia Moema (Déborah Secco), irmã de Paraguaçu. O romance entre o descobridor e a nativa é, de fato, a história do triângulo amoroso entre Diogo, Paraguaçu e sua irmã Moema. Os três viviam em perfeita harmonia, sob os olhares do cacique Itaparica. Algum tempo depois, Diogo viaja para França para ser "condecorado" rei. Apaixonadas, Paraguaçu e Moema mergulham no mar atrás da caravela, mas só Paraguaçu chega à embarcação. Ela e Diogo continuam sua história de amor, com todos os impactos da cultura europeia na vida de uma linda índia.

SUGESTÃO DE LIVRO SOBRE O MESMO TEMA:

Capa do livro: Historia do Brazil, Samuel Dal-Farra NaspoliniHistoria do Brazil
Frei Vicente do Salvador, 356 pgs.


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SINOPSE
A obra HISTORIA DO BRAZIL, escrito em 1627, é considerada o primeiro clássico do Brasil e narra o modus vivendi do Brasil Colônia, abordando episódios conhecidos de seus primeiros governadores, bem como anedotas, o jeito de falar e de viver nas terras ainda tão novas. O livro descreve, ainda, as características da colônia, o seu clima, fauna, flora, formação do nome, o descobrimento, a divisão e povoamento das capitanias hereditárias, os assédios de franceses e holandeses à costa brasileira etc. Também é um dos primeiros estudos sobre a vida cotidiana na colônia, relatando como eram os costumes de casamento e criação dos filhos, dos ritos funerários, as línguas indígenas, anedotas etc. Esta reedição incorpora a apresentação explicativa do historiador Capistrano de Abreu, escrita em 1918.
CURRÍCULO DO AUTOR
Frei Vicente do Salvador foi o primeiro autor de uma história da jovem Colônia portuguesa, recebendo por tal o título de "Pai da História Brasileira".