quarta-feira, 12 de setembro de 2012

O NEGRO NO SÉCULO XXI: Luislinda de Valois nos põe a refletir, com ânsia de mudança, que é preciso curar as feridas, mas não poderemos esquecer as cicatrizes se elas continuarem a sangrar

Capa do livro: Negro no século XXI, O, Eder Bomfim RodriguesNegro no século XXI, O
Luislinda Dias de Valois Santos, 84 pgs.
Publicado em: 12/5/2009
Editora: Juruá Editora
ISBN: 978853622488-6
Preço: R$ 19,90

* Desconto não cumulativo com outras promoções e P.A.P.             


SINOPSE

Com sensibilidade ímpar para entender a necessidade mais básica da alma humana – ser acolhida, a autora compreendeu o real sentido do amor crístico: acolher amorosamente. 

Pode parecer até fácil de dizer e entender, mas, acreditem, é algo de difícil prática, principalmente em uma sociedade alicerçada em estereótipos dos mais diversos e ininteligíveis. 
Estereótipos que segregam as pessoas e as classificam em aceitáveis ou inaceitáveis, ignorando a verdadeira natureza humana que é a diferenciação. 
O ser diferente é inerente à nossa natureza, entretanto a violência segregacionista se instala de forma indelével até mesmo em discursos aparentemente inofensivos e politicamente corretos. 
Com uma capacidade intelectual privilegiada, “a nossa Ruy Barbosa de saia”, como já foi apropriadamente classificada, a magistrada Luislinda de Valois lança luzes onde, na rotina do dia a dia, as trevas do discernimento torto ofuscam a verdade. 
A verdade, essa senhora de alma pura – mas não necessariamente branca, podendo até mesmo sê-la, porque a brancura não a excluiria dessa qualidade e de nenhuma outra – nos retém, nos faz reduzir o passo e prestar atenção ao que nos acostumamos a ignorar. 
A escritora e magistrada há décadas agrega à atividade da magistratura, com recursos próprios e ajuda de amigos, a atenção social às camadas mais carentes da população, notadamente a população negra, com palestras educativas, doações de gêneros alimentícios e de higiene, entre muitos outros cuidados. 
Com maestria, de forma direta e objetiva, nos conduz à luz do reconhecimento de uma verdade dolorosa, que se mantém escondida atrás de cortinas imateriais, porém pesadas, à realidade da dor secular que atinge a todo um povo que, refém de leis hipócritas, é mantido de mãos atadas, mesmo com os enferrujados grilhões aparentemente rompidos. 
Luislinda de Valois nos põe a refletir, com ânsia de mudança, que é preciso curar as feridas, mas não poderemos esquecer as cicatrizes se elas continuarem a sangrar.

Pastor Márcio Marinho
CURRÍCULO DO AUTOR
Luislinda Dias de Valois Santos é Juíza desde 1984, atuando na Bahia, realizou diversos projetos em defesa de seu povo oprimido e discriminado, conquistando respeito e credibilidade, além de vários prêmios. Entre suas realizações estão a criação e instalação de vários juizados (inclusive itinerantes) em várias cidades da Bahia, além de participação no lançamento do Relatório Nacional Brasileiro em cumprimento à CEDAW – Convenção para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher – realizado no Palácio Planalto em Brasília.

A Cor da Pele: na sociedade racista do Brasil o normal é ser branco?

A Cor da Pele: na sociedade racista do Brasil o normal é ser branco
Autor: Almiro Sena
Páginas: 239 pgs.
Ano da Publicação: 2010
Editora: Instituto Memória
Preço: R$ 45,00

 
SINOPSE
A exclusão social de grande parcela da população brasileira, sobretudo das pessoas de fenótipo negro, classificadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como pretas ou pardas, é um fato constatado em inúmeros estudos das mais diversas e importantes instituições nacionais e estrangeiras. Este livro busca assinalar como   a cor da pele das pessoas influencia diretamente na existência dessa exclusão. Sendo o racismo no Brasil decorrente do fenótipo e não, como ocorre nos Estados Unidos,   relacionado ao genótipo, o conjunto de caracteres físicos superficiais, dos homens, mulheres e crianças, irá facilitar ou dificultar a vida de cada um deles no país.  Assim, destaca-se como o discurso hipócrita da negação do racismo, produz e reproduz inúmeras barreiras sociais contra o desenvolvimento humano da população negra no Brasil. Ressalta-se também: a importância de compreender-se, à luz da ciência contemporânea, os conceitos fundamentais para o debate acadêmico acerca do desenvolvimento humano e da questão étnico/racial; a ocultação das barreiras institucionais contra a população negra no Brasil; a condescendência da legislação brasileira com o racismo no país;  o sistema de cotas e a meritocracia brasileira; a  especificidade do racismo no Brasil; e  o racismo e sua relação com o sistema de justiça criminal no país. O livro, nuclearmente, utiliza-se, da Dissertação apresentada, pelo autor,  ao curso de Mestrado Profissional Multidisciplinar em Desenvolvimento Humano e Responsabilidade Social da Fundação Visconde de Cairu, Salvador-Bahia, em 2009, para fazer uma reflexão crítica, sob a perspectiva étnico/racial, acerca da sociedade brasileira. 

Utilizou-se a abordagem metodológica qualitativa, por meio de pesquisa bibliográfica e documental, aliada à observação participante, usando-se, como referencial teórico, autores clássicos no estudo do tema,  ao lado de outros, cuja produção acadêmica nessa área é mais recente. Usou-se, também como fonte de coleta de dados e informações: a) instituições públicas e privadas de elevada credibilidade nacional e internacional; b) leis, já revogadas ou em vigor, destacando-se a análise da Lei n° 11.343 de 23 de agosto de 2006(Lei de Tóxicos); c) pronunciamentos de autoridades públicas e pessoas de destaque social sobre a desigualdade social e o racismo no Brasil.  Sustenta-se, ainda, que o discurso da negação do racismo no país funciona como defesa importante na manutenção dos privilégios auferidos em decorrência do preconceito e da discriminação racial e, ao mesmo tempo, serve como instrumento contra a implementação de medidas efetivas de promoção da igualdade. Por fim, entende-se que a presente obra possa ser útil como um indicativo para a formulação de políticas públicas que contribuam efetivamente para o desenvolvimento humano das pessoas agredidas pelo preconceito e pela discriminação racial, bem como para o estudo da sociedade brasileira,considerando-se devidamente a importância da questão étnico-racial no país.
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 Almiro de Sena Soares Filho - Secretário de Justiça do Estado da Bahia

Mestre em Desenvolvimento Humano e Responsabilidade Social pela Faculdade Visconde de Cairu em Salvador-BA. Especialista em Políticas e Gestão em Segurança Pública pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Especialista em Gestão Estratégica em Segurança Pública pela Universidade Estadual da Bahia (UNEB) e Academia da Polícia Militar da Bahia.  Graduado em Direito pela Universidade Católica de Salvador (UCSAL). Coordenador da Pós-Graduação de Direito, na modalidade de Ensino a Distância, da Faculdade de Tecnologia e Ciência (FTCead). Professor Universitário em nível de Graduação e Pós-Graduação. Palestrante e conferencista sobre Direitos Humanos, e sobre Direito e Relações Étnico/Raciais no Brasil

Promotor de Justiça do Ministério Público da Bahia. Coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate Ao Racismo e à Intolerância Religiosa do Ministério Público da Bahia, e, simultaneamente, Promotor de Execução Titular da 2ª Promotoria de Cidadania, desde maio de 2006 até março de 2010. Conselheiro do Conselho Estadual da Consciência Negra da Bahia, representando o Ministério Público do Estado da Bahia, desde maio de 2006 até dezembro de 2007. Conselheiro do Conselho Estadual de Direitos Humanos do Estado da Bahia, representando o Ministério Público do Estado da Bahia, desde o mês de maio de 2006 até outubro de 2009. Coordenador do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional – CEAF, do Ministério Público da Bahia, desde abril de 2009; Assessor Especial do Procurador Geral de Justiça da Bahia, no período de março a setembro de 2000; Coordenador do Centro de Apoio ao Combate dos Crimes Contra a Ordem Tributária do Ministério Público da Bahia, no período de agosto de 2000 a agosto de 2001. Representante do Ministério Público Brasileiro, no Seminário Iberoamericano de Proteção de Vítimas e Testemunhas, promovido pelo Ministério da Justiça da Espanha, pela Embaixada da Espanha e pela Organização das Nações Unidas, com a participação de integrantes do Ministério Público de Portugal, Espanha, Itália e diversos países da América Latina, realizado na Cidade de Cartagena das Índias, na Colômbia, no período de 12 a 16 de março de 2007.