quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Raia, Setra, Sapecada e Outras Narrativas Curitibanas! de Ubiratan Lustosa


Ubiratan Lustosa é uma legenda no rádio e televisão do Paraná. Advogado, publicitário, jornalista e escritor, depois de lançar "Rádio do Paraná: Fragmentos de sua história", contando de sua longa vivência nas ondas do rádio, agora nos brinda com "Raia, setra, sapecada e outras narrativas curitibanas", onde conta com graça e boa memória as lembranças de sua Curitiba perdida.  

Outra profissão, o que seria: Advocacia, na qual me formei e não exerci.
Dando a semana por finda, um fim de semana como deve ser: Descontraindo.
Serra abaixo ou serra acima: A praia é uma boa.
A mais bonita paisagem do Paraná: Cataratas do Iguaçu.
A mais bonita paisagem de Curitiba: Qualquer um dos nossos parques.
Uma rua da cidade: A Nunes Machado, onde nasci e me criei.
Um sábado de chuva: Nostalgia.
Um domingo de sol: Alegra a gente.
O que não dispensa no inverno: Comida quente e uma taça de vinho.
O que não dispensa em qualquer estação do ano: Outra taça de vinho.
Um lugar para iniciar o fim de semana: Minha casa.
O que estraga o fim de semana: Chuva forte e frio intenso.
O acepipe de boteco: Batata frita e linguiça . Quem não gosta? (Com cerveja, é claro).
O jantar no sábado: Trivial, em casa.
O almoço de domingo: Feito por minha mulher, neta de italianos.
O restaurante de estimação: O que não me engana.
A receita de estimação: Camarão à grega.
Nenhum, pouco ou bastante alho: O suficiente. Dá mais sabor à comida.
Uma sobremesa: Torta de morango.
Um copo para o espírito: Ah, se fosse possível beber sabedoria...
Metade cheio, metade vazio: Não resolve. Melhor é cheio por inteiro.
O que é muito bom fazer sozinho: Pensar.
Uma música para ouvir hoje: Uma valsa bem antiga.
Um livro na estante: A Bíblia.
Um livro na cabeceira: Durmo antes de ler.
Um filme de ontem: "Casablanca" , Humphrey Bogart e Ingrid Bergman.
Um filme de hoje: Estou em recesso.
Um retrato na parede: Muitos, colocados por  minha mulher, de filhas, netos e agora um bisneto.
Saudades de um sábado qualquer: Jogo de bola na praça Ouvidor Pardinho quando era criança.
Uma viagem: Itália e França, na Copa de 90.
Noite de domingo, o que lhe parece: Fim de festa.
Há a perspectiva de segunda-feira, o que lhe assusta embaixo da cama: Nada, se eu estiver em cima.
Um passarinho (sonho) na mão: Livro lançado.
Outro voando: Novo livro.

http://www.institutomemoria.com.br/pesquisa.asp


SINOPSE

O tempo é como um véu a envolver o passado, uma neblina que deixa entrever sem revelar, pondo um fascinante toque de poesia em tudo que já se foi.
Sim, são muitos os motivos para sentir saudade, essa vontade ardente de viajar nas asas do pensamento e reviver o tempo que passou. Este livro foi escrito com o desejo de avivar na memória dos mais idosos a nossa Curitiba de outrora e deleitar os que gostam de curtir saudade. E para contar aos mais jovens como eram as coisas antigamente.


Curtir Saudade - 9
Os Velhos Casarões - 10
A Cidade Mudou - 11
Os Partos de Antigamente - 14
Chá de Casca de Laranja - 16
Os Costumes de Outrora - 18
Armazém de Secos e Molhados - 20
Fogão A Lenha - 22
O Footing Da Rua XV - 25
As Matinês do Cine Luz - 27
A Diversão da Piazada - 29
Vingança de Guri - 31
Sic Transit Gloria Mundi - 33
O Mendigo da Zacarias - 35
Os Cafés de Curitiba - 37
Pião e Outros Brinquedos - 40
Cantigas de Roda - 42
No Tempo do Bonde de Burros - 44
O Bonde Elétrico - 46
O Frio Curitibano - 47
O Revólver - 49
Nossos Cantores - 50
Gravar em Disco era Difícil - 53
Fotógrafos do Passado - 55
Batendo Matraca - 57
Dia de Malhar Judas - 58
O Velho Realejo - 60
Bebedouros - 61
Sapecada - 62
Barbeiros Antigos - 64
As Festas Paroquiais - 65
Na Frente do Freguês - 67
As Vendas em Domicílio - 68
Passeio Público - 70
Os Mascates - 72
Narrando Ciclismo - 74
O Relógio da Praça Osório - 76
O Anjinho do Presépio - 78
As Topadas - 80
Maria Polenta - 82
Tipos Populares - 84
Cavalgando em Pelo - 86
A Antiga Temperança - 87
Empinar Raia - 89
Crendices de Nossa Gente - 91
O Natal em Curitiba - 93
Galochas e Tamancos - 95
Ferro de Passar Roupas - 97
Colchão de Palha - 98
Forno de Quintal - 99
Os Banhos de Outrora - 100
Na Falta de Geladeira - 101
Passado e Presente - 102
Poema Infância - 103
Curitiba, Cidade Sorriso - 105

PARADIGMAS: ÂNCORAS OU TRAMPOLINS?


Paradigmas são modelos, referenciais que delimitam o nosso modo de agir, pensar e produzir. Representam a nossa visão de mundo. Neles temos a nossa educação doméstica, nossa crença religiosa, nossas influências escolares e de amizades.

O exemplo clássico é a indústria de relógios da Suíça que até a década de 1970 era líder mundial do mercado. Seus pesquisadores buscavam sempre aperfeiçoar o modelo do relógio mecânico. Mas o surgimento de uma nova tecnologia passou despercebido por eles, estamos falando do relógio eletrônico a quartzo. Os americanos e japoneses possuíram a tecnologia eletrônica e acreditaram no sucesso do produto, quebrando os paradigmas existentes na época. Qual foi a conseqüência? Alguns anos mais tarde, os relógios a quartzo alcançaram absoluto sucesso. A indústria suíça, despreparada para uma súbita mudança de paradigma, mergulha numa profunda crise. Fábricas vão à falência e inúmeras pessoas perdem seus empregos. Neste caso foi uma âncora. Os pesquisadores suíços estavam “presos” ao paradigma do relógio mecânico e não deram crédito para a inovação, mas esta seria o futuro dos relógios!

Os paradigmas não são bons nem ruins em si, mas ele pode tornar-se ruim à medida que engessa as atitudes da pessoa e limita de modo comprometedor seu modo de agir. Também pode bloquear a criatividade e trazer o conformismo com a situação, mesmo que esta não seja boa. 

Tudo na vida está em constante mudança e exigindo uma readequação aos novos cenários. Uma atitude que foi vantajosa em um momento pode virar desvantajosa noutro. Esta dinâmica exige um continuo analisar da situação e das perspectivas. Seja em relação à nossa vida pessoal ou profissional. Algo como a esfinge que nos desafia: "decifra-me ou devoro-te!". Se não nos adaptarmos aos novos cenários e contextos, podemos ser devorados e extintos como dinossauros. Precisamos nos reinventar a cada dia de nossa vida para manter a nossa competitividade. 

Lembremo-nos que adaptabilidade é uma das nossas maiores forças competitivas. O mercado está repleto de casos de grandes empresas que não conseguiram se reinventar e foram extintas. Também sabemos de grandes profissionais que não evoluíram e ficaram parados no tempo, perdendo o seu prestígio e eficácia...