segunda-feira, 6 de agosto de 2012

ENTERRO DE MOYSÉS LUPION


Após uma tranqüila campanha eleitoral, Lupion foi eleito com 91.059 votos contra 45.941 votos de Munhoz da Rocha. Ao chegar ao governo, Moysés Lupion já comandava enorme império econômico. Com trabalho e inteligência, seus negócios prosperaram de tal forma graças a investimentos industriais bem sucedidos. Nunca tivera qualquer preocupação política, pois sua atenção esteve sempre desviada para construção do sonho industrial que sempre o empolgou, conforme diria mais tarde em discurso no Estado. Estava, entretanto, diante de novo desafio. A tônica do seu discurso de candidato foi a de construir um Paraná maior. Ao empossar-se diria “O que temos para realizar excede as minhas forças pessoais, mais eu asseguro que será a hora em que possam falar os capazes de criar alguma parcela de bem comum”. Esse primeiro quatriênio foi brilhante e fecundo. Caracterizou-se por inteligente política de planejamento, de ocupação de esforços territoriais e de integração geo-econômica. O início da cafeicultura coincide com a expansão da indústria madeireira, atraindo para o Paraná, sucessivas correntes migratórias. O Estado experimentou notável avanço progressista. 
MOYSÉS LUPION Instituiu técnicas de planejamento governamental, desenvolveu profunda política municipalista, promoveu o parlamento intensivo da terra, fundou a Bolsa de Valores e a Bolsa do Café, duplicou o precário potencial elétrico do Estado, criou o Tribunal de Contas, desenvolveu o projeto da Capivari-Cachoeira, o aproveitamento do xisto-betuminoso, lançou a construção da Estrada de Ferro Central do Paraná, executou ambicioso plano rodoviário, escolas superiores, contribuiu decisivamente para a federalização da Universidade do Paraná, ajudou a instalação do Colégio Militar em Curitiba, doou área do Guabirotuba para edificar a Universidade Católica, entre outras obras de relevância. 
Senador em 1954, deputado federal em 1962, em todas as eleições deixou a marca de seu fascínio pessoal, espírito de tolerância, dotes de espírito. Em 1964, por ato do Comando Supremo da Revolução, teve seu mandato cassado e suspensos por dez anos seus direitos políticos. A própria CGI (Comissão Geral de Investigações) declarou, posteriormente, nada encontrar de concreto nas acusações. Foi também absolvido de todas as acusações que se lhe intentaram na Justiça. Retirou-se da atividade política, dedicando-se a construção de sua vida empresarial, no Rio de Janeiro. 

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