Palestra com Anthony Leahy sobre "Identidade Nacional e Cultura Regional" no SESC Água Verde: "Profissionalizar os processos de produção, agregando valor tecnológico, sim! Deixar de ser amador, ou seja, fazer o que ama porque ama e acredita, nunca! O Instituto Memória é 'industrial' enquanto produção e 'artesanal' enquanto acompanhamento ao autor e suas obras."
Sou um editor da velha escola, onde o ser - humano é o ponto de partida e de chegada de todos os nossos esforços. Leio todas as obras enviadas para publicação antes de enviar para análise pelo Conselho Editorial. Converso com todos os autores. Pode ser pelo telefone ou pessoalmente, mas a conversar é essencial. Nada de automatizar e impessoalizar o processo. Nada de receber um mero arquivo pela internet e devolver um livro pelo correio... de forma fria e impessoalmente!
Tenho, enquanto editor, que ter empatia com cada autor. Posso não concordar com a premissa defendida no livro, mas se o autor defende uma posição de forma embasada e coerente, publico! Sou um defensor obcecado do Direito ao Contraditório que tanto enriquece a humanidade. Quem não gostar que publique uma refutação. Respeito às pessoas e combate às ideias!
Mas o autor é submetido à minha subjetividade e discricionariedade de editor. Tenho que sentir paixão e coerência entre o autor e seu escrito. Afinal, não se trata de uma relação distante e meramente comercial entre editor e autor. Trata-se de uma cumplicidade, de um pacto em prol da sociedade a partir das letras. Por isto digo que não sou um burocrata dos livros. Muito menos um oportunista ganhando um "graninha" para pagar as contas no final do mês! Tenho um histórico de luta nacional pela democratização do saber como forma de resgate do ser - humano enquanto agente construtor da sociedade. E assim já lancei - orgulhosamente - mais de 500 obras!
Por isto, publicar um livro é um ato de generosidade e de coragem. A sociedade e as futuras gerações agradecem. Mas conheça e converse com o editor – com ele e não com prepostos que mudam de empresa (e até de segmento empresarial) e deixam a sua obra para trás, para outro contratado que a olhará burocraticamente. Conheça a história de vida e de luta do editor. Importante verificar quantos livros já lançou, pois só assim – sendo autor – saberá valorizar o hercúleo trabalho de escrever um livro. O trabalho, a ansiedade, a insegurança... o vendaval de emoções que é publicar um livro, de virar uma vitrine exposto à pedradas de todos, principalmente dos frustrados e covardes que por não terem coragem, vivem de criticar quem a tem.
Vejo vários autores que já estão na quinta obra e ainda não conhecem o editor!?!?!? Não estão nas livrarias - posto que não são famosos - e são tratados contratualmente – frio e distante – pela sua editora, ou melhor, pelos circulantes prepostos de sua editora...
Afinal, um livro é muito mais do que uma performance comercial. Lógico que vender é importante, tanto para o autor como para a editora, mas todos sabem que se não é estrangeiro ou famoso, é muito difícil conseguir um espaço ao sol. Difícil, mas prazeroso. A luta é quixotesca, mas vale a pena. E cada autor deve ser tratado e respeitado como único e não somente se vende bem. Repito, sempre, que sem autores não existiriam editoras e livrarias, mas autores existirão sempre. Graças a Deus! Tenho orgulho e agradeço a todos e a cada autor que já tive a honra de publicar.
Com a devida permissão da metáfora, estou mais para 'fogão a lenha' do que para 'micro-ondas'!
E POR OPÇÃO!
Não sou vendedor de "comida enlatada", de "ração"... Cada prato exige seu tempo e receita própria! sou um "SEMEADOR DE LIVROS E AMIGOS" e para tanto, temos que seguir uma ritualística necessária para poder criar vínculos e raízes. Não negocio com segundos, minutos, horas... vislumbro a eternidade através de cada página impressa, cada palavra dita, cada leitor atento. Se o alimento sustenta o corpo, a leitura sustenta a alma! Porém, cada receita tem seu paladar! Bom Apetite!
E POR OPÇÃO!
Não sou vendedor de "comida enlatada", de "ração"... Cada prato exige seu tempo e receita própria! sou um "SEMEADOR DE LIVROS E AMIGOS" e para tanto, temos que seguir uma ritualística necessária para poder criar vínculos e raízes. Não negocio com segundos, minutos, horas... vislumbro a eternidade através de cada página impressa, cada palavra dita, cada leitor atento. Se o alimento sustenta o corpo, a leitura sustenta a alma! Porém, cada receita tem seu paladar! Bom Apetite!