quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

NOVA POLÍTICA DE RELACIONAMENTO COM O AUTOR


Caro Autor;
A partir desta data – 13/02/2013 – adotamos uma nova política comercial que visa gerar a tão necessária sinergia e ao mesmo tempo promover as nossas obras a partir de uma estratégia que valoriza o esforço de cada autor na divulgação da obra, sua e de seus colegas de editora.
A livraria virtual (site) do Instituto Memória era terceirizada e funcionava igual a qualquer livraria, virtual ou física. Então, nosso autor, na prática, não tinha nenhuma vantagem real em indicar o site, pois ganhava os mesmos percentuais de direitos autorais sobre a venda.
Como não trabalhamos com traduções de livros já testados e sim com autores brasileiros e cultura nacional, onde o filtro de publicação é a qualidade da obra e não a fama do autor, a nossa dificuldade nas livrarias eram imensas e o resultado comercial era pífio... principalmente para o autor, visto que a editora ganhava no volume de todas as obras (500 obras vezes 10 exemplares vendidos de cada já totaliza 5000 exemplares vendidos no mês).
Pois bem, assumimos a administração do site ( e da livraria virtual) e adotamos a seguinte política:
1 – Sobre o valor de capa de cada livro comercializado no site da editora (exclusivamente), a editora ficará com 60% e o autor ficará com até 40% do valor recebido.  Os custos operacionais são exclusivos da editora.
2 - Se algum autor entender que deve repassar um percentual, ou até todo o seu percentual, como desconto na sua obra, bastará enviar-nos um e-mail documentando e assim será. EX. Se um livro tem seu preço de capa estabelecido em R$ 10,00 o rateio ficará R$ 6,00 para a Editora e R$ 4,00 para o autor. Se o autor desejar pode transferir 20% do seu percentual para o leitor, ficando o livro pelo valor de R$ 8,00, podendo transferir até 100% do seu percentual como desconto no valor do livro, ficando o livro R 6,00 (da editora no caso).
3 – Nas vendas ocorridas em outras livrarias (virtuais ou físicas) o valor que o autor receberá é de 10% sobre o valor de capa, conforme contrato. Ou seja, para cada exemplar de R$ 10,00 vendido, o autor receberá R$ 1,00 (ou seja, R$ 5,00 para a livrarias, R$ 4,00 para a editora e R$ 1,00 para o autor).
4 – Se as livrarias, pelo menos, promovessem as nossas obras ou sequer as comprassem, ainda valeria a pena, mas na verdade elas pegam em consignação e praticamente as escondem dentro da livraria. Como competir com livros de bruxos, vampiros e prostitutas? Ou de famosos? Ou traduções?
5 – Então, nosso foco é promover o site pois assim divulgamos a editora, seus autores e suas obras. Quanto mais forte forem as partes mais forte será o todo! Quanto mais forte for a editora e suas obras, mais prestígio terão os autores! E mais dinheiro!
6 - Uma relação limpa, transparente, democrática e boa para todos os envolvidos. Afinal, editora não pode ser uma “caixa-preta” e mercado editorial não pode ser um enigma...
7 – Esta política entra em vigor hoje – 13/02/2013 – e funcionará experimentalmente até 28/02/2013. Como salvaguarda e aumenta as vantagens e direitos do autor, não precisamos de autorização dos autores para implementá-la.
8 – Para que funcione precisamos que cada autor divulgue a obra nas suas redes de relacionamento (e-mail, facebook, twiter, grêmios, associações, clubes, etc).
Não basta ser autor, tem que ser cúmplice! Ou você prefere fazer de conta que está sendo valorizado pela sua editora, que seu livro tem o merecido destaque nas livrarias e você recebe o justo valor pelos seus Direitos Autorais? 
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Anthony Leahy – Editor
41.4009 3919 / 9911 2217
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SITE: www.institutomemoria.com.br
BLOG: http://teiadehistorias.blogspot.com.br/
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Publique o seu livro: o que não se compartilha, se perde!

91 ANOS DA SEMANA DE ARTE MODERNA DE 1922

"... seria uma semana de escândalos literários e artísticos, de meter os estribos na barriga da burguesiazinha paulista" - DI CAVALCANTI
Semana de Arte Moderna, também chamada de Semana de 22, ocorreu em São Paulo no ano de 1922 (ano do centenário da Independência brasileira), nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro, no Teatro Municipal da cidade. Cada dia foi dedicado a um aspecto cultural: pintura e escultura,poesia, literatura e música. Seu principal objetivo foi discutir a identidade nacional, compreender a cultura brasileira e os rumos das artes. É considerada o marco inicial do movimento modernista no Brasil. Houve vaias e críticas, especialmente dos defensores do academicismo.  O evento marca mudança de atitude dos artistas que de deixa de ser alienada da realidade social do pais e passa a criticar a alienação das camadas cultas/elites em relação à realidade do país. É a arte engajada. Representou uma verdadeira renovação de linguagem, na busca de experimentação, na liberdade criadora, na ruptura com o passado.
Participaram da Semana nomes consagrados do modernismo brasileiro, como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Víctor Brecheret, Plínio Salgado, Anita Malfatti, Menotti Del Pichia, Guilherme de Almeida, Sérgio Milliet, Heitor Villa-Lobos,Tácito de Almeida, Di Cavalcanti entre outros.
EFEMÉRIDES:
  • 13 de fevereiro (Segunda-feira) - Teatro Municipal de São Paulo - várias pinturas e esculturas provocam reações de espanto e repúdio por parte do público. O espetáculo tem início com a confusa conferência de Graça Aranha, intitulada "A emoção estética da Arte Moderna". 
  • 15 de fevereiro (Quarta-feira) - Enquanto Menotti Del Picchia expunha as linhas e objetivos do movimento e Mário de Andrade recitava sua "Paulicéia desvairada", inclusive a "Ode ao burguês", a vaia era generalizada. O mesmo aconteceu com Os sapos, de Manuel Bandeira, que criticava frontalmente o parnasianismo. Sob um coro de relinchos e miados, gente latindo como cachorro ou cantando como galo, Sérgio Milliet nem conseguiu falar. Oswald de Andrade debochou do fato, afirmando que, naquela ocasião, revelaram-se "algumas vocações de terra-nova e galinha d'angola muito aproveitáveis"... Ronald teve de declamar o poema pois Bandeira estava impedido de fazê-lo por causa de uma crise de tuberculose.
  • 17 de fevereiro (Sexta-feira) - apresentações musicais de Villa-Lobos, com participação de vários músicos. O público em número reduzido, portava-se com mais respeito, até que Villa-Lobos entra de casaca, mas com um pé calçado com um sapato, e outro com chinelo; o público interpreta a atitude como futurista e desrespeitosa e vaia o artista impiedosamente. Mais tarde, o maestro explicaria que não se tratava de modismo e, sim, de um calo inflamado…

OS SAPOS
Enfunando os papos,
Saem da penumbra,
Aos pulos, os sapos.
A luz os deslumbra.

Em ronco que aterra,
Berra o sapo-boi:
'- Meu pai foi à guerra
- Não foi! - Foi! - Não foi!' O sapo-tanoeiro
Parnasiano aguado
Diz: - 'Meu cancioneiro
É bem martelado.

Vede como primo
Em comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimo
Os termos cognatos.

O meu verso é bom
Frumento sem joio.
Faço rimas com
Consoantes de apoio.

Vai por cinqüenta anos
Que lhe dei a norma:
Reduzi sem danos
A formas a forma. Clame a sapataria
Em críticas céticas:
'Não há mais poesia,
Mas há artes poéticas...'

Brada de um assomo
O sapo-tanoeiro:
'A grande arte é como 
Lavor de Joalheiro'

Urra o sapo-boi:
'- Meu pai foi rei - Foi!
- Não foi! - Foi! - não foi!'



Ode ao burguês

Eu insulto o burguês! O burguês-níquel, 

o burguês-burguês! 

A digestão bem-feita de São Paulo! 

O homem-curva! o homem-nádegas! 
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano, 
é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!

Eu insulto as aristocracias cautelosas! 

Os barões lampiões! os condes Joões! os duques zurros! 

que vivem dentro de muros sem pulos; 

e gemem sangues de alguns mil-réis fracos 
para dizerem que as filhas da senhora falam o francês 
e tocam os "Printemps" com as unhas!

Eu insulto o burguês-funesto! 

O indigesto feijão com toucinho, dono das tradições! 

Fora os que algarismam os amanhãs! 

Olha a vida dos nossos setembros! 
Fará Sol? Choverá? Arlequinal! 
Mas à chuva dos rosais 
o èxtase fará sempre Sol!

Morte à gordura! 

Morte às adiposidades cerebrais! 

Morte ao burguês-mensal! 

ao burguês-cinema! ao burguês-tílburi! 
Padaria Suissa! Morte viva ao Adriano! 
"–Ai, filha, que te darei pelos teus anos? 
–Um colar... –Conto e quinhentos!!! 
Mas nós morremos de fome!"

Come! Come-te a ti mesmo, oh gelatina pasma! 

Oh! purée de batatas morais! 

Oh! cabelos nas ventas! oh! carecas! 

Ódio aos temperamentos regulares! 
Ódio aos relógios musculares! Morte à infâmia! 
Ódio à soma! Ódio aos secos e molhados! 
Ódio aos sem desfalecimentos nem arrependimentos, 
sempiternamente as mesmices convencionais! 
De mãos nas costas! Marco eu o compasso! Eia! 
Dois a dois! Primeira posição! Marcha! 
Todos para a Central do meu rancor inebriante 
Ódio e insulto! Ódio e raiva! Ódio e mais ódio! 
Morte ao burguês de giolhos, 
cheirando religião e que não crê em Deus! 
Ódio vermelho! Ódio fecundo! Ódio cíclico! 
Ódio fundamento, sem perdão!

Fora! Fu! Fora o bom burguês!... 

13/02/2013 - DIA MUNDIAL DO RÁDIO - UNESCO

No dia 13 de fevereiro de 2013 celebramos o Dia Mundial do Rádio pela UNESCO. É um dia para celebrar o rádio como meio de comunicação, para melhorar a cooperação internacional entre os organismos de radiodifusão, incitar as principais redes e rádios comunitárias a promoverem o acesso à informação e à liberdade de expressão por meio das ondas radiofônicas. 

O Instituto Memória lançou duas obra referenciais na área de Rádio:


 
O Rádio do Paraná: Fragmentos de sua História
Autor: Ubiratan Lustosa
Páginas: 315 pgs.
Ano da Publicação: 2009
Editora: Instituto Memória
Preço: R$ 75,00



 
A Magia do Rádio
Autor: Valdir Comegno
Páginas: 342 pgs.
Ano da Publicação: 2010
Editora: Instituto Memória
Preço: R$ 55,00