quinta-feira, 30 de agosto de 2012

INDICAÇÃO DO EDITOR: UMA LEITURA CRÍTICA DE ANTÍGONA PARA O DIREITO

A tragédia Antígona (de Sófocles) discute o conflito entre o Direito Natural e o Direito Positivo. A grosso modo, o direito positivo é o direito criado pelos homens, e o direito natural  é o direito proveniente do universo e dos deuses. Aqui o conceito de direito natural está muito ligado a religião dos gregos.Na Grécia acreditava-se que os mortos que não fossem enterrados não podiam entrar no Hades, o paraíso dos gregos. O rei Creonte decidiu que Polínices, o irmão de Antígona, não seria enterrado na ocasião de sua morte e aquele que o enterrasse seria morto por lapidação. Apesar da lei positiva proferida por Creonte, Antígona joga um pouco de terra sobre o corpo de seu irmão para simular um sepultamento, sendo, portanto condenada a morte.

Capa do livro: Antígona e o Direito, Rafael Lazzarotto SimioniAntígona e o Direito
Marcelo Alves, 100 pgs.
Publicado em: 31/10/2007
Editora: Juruá Editora
ISBN: 978853621746-8
Preço: R$ 25,00

* Desconto não cumulativo com outras promoções e P.A.P.           
SINOPSE
A leitura que tem predominado no âmbito jurídico brasileiro em relação à tragédia Antígona, de Sófocles, é a de que, por meio de seu desfecho, ela expressaria uma vitória incontestável do Direito Natural sobre o Direito Positivo. Este ensaio procura construir uma leitura capaz de pensar em outros termos a grande polêmica que a peça coloca em movimento no que diz respeito às relações entre Direito e Moral. Para tanto, a leitura toma como ponto de partida o reconhecimento da peça como obra de arte e toda a complexidade que ela comporta e dinamiza. Isso implica pensar o elemento jurídico a partir do contexto criado pela peça, em sintonia com a diversidade e a coerência interna que Antígona encerra.
O resultado é uma leitura que oferece subsídios para uma compreensão crítica da peça capaz de contribuir para as reflexões sobre as relações entre Direito e Moral e entre Direito e Política.
CURRÍCULO DO AUTOR
Marcelo Alves é graduado em Filosofia e Mestre em Teoria Literária pela UFSC. É autor dos livros: Camus: entre o Sim e o Não e Nietzsche e Leviatã: o demiurgo das paixões. Atualmente, leciona Pesquisa e orienta vinculado aos Cursos de Direito e Relações Internacionais da Univali/SC, onde ministra as disciplinas Filosofia, Filosofia do Direito e Teoria Política, e é responsável pela Linha de Pesquisa em Direito e Literatura.

DESTAQUE DO EDITOR: Recomendo a leitura!

Capa do livro: Estrela, A
Estrela, A
Sílvia Andreis Witkoski, 2ª Edição, 28 pgs.
Publicado em: 25/7/2012
ISBN: 978853623881-4
Preço: R$ 34,90


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Capa do livro: Sombra da Fazenda, À - A Pequena Propriedade Agrícola no Século XIX
Sombra da Fazenda, À - A Pequena Propriedade Agrícola no Século XIX
Adelci Silva dos Santos, 136 pgs.
Publicado em: 5/7/2012
ISBN: 978853623839-5
Preço: R$ 32,90
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Capa do livro: Pequenas Mensagens, Grandes Lições
Pequenas Mensagens, Grandes Lições
Jorge Franklin Alves Felipe, 106 pgs.
Publicado em: 2/7/2012
ISBN: 978853623822-7
Preço: R$ 29,90
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Capa do livro: Trapaceiros do Golf, Os - Semeando Livros
Trapaceiros do Golf, Os - Semeando Livros
Júlio Grott, 238 pgs.
Publicado em: 30/5/2012
ISBN: 978853623795-4
Preço: R$ 57,90
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Capa do livro: Vida em Verso e Prosa - Contos, Crônicas e Poemas Selecionados
Vida em Verso e Prosa - Contos, Crônicas e Poemas Selecionados
Jocelino Freitas, 2ª Edição, 89 pgs.
Publicado em: 29/5/2012
ISBN: 978853623806-7
Preço: R$ 19,70


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Capa do livro: Memórias de um Caixa da Caixa
Memórias de um Caixa da Caixa
Neyd Maria Makiolka Montingelli, 2ª Edição, 80 pgs.
Publicado em: 29/5/2012
ISBN: 978853623803-6
Preço: R$ 19,70


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Capa do livro: Sangue é Sangue - E Outras Histórias
Sangue é Sangue - E Outras Histórias
Neyd Maria Makiolka Montingelli, 2ª Edição, 151 pgs.
Publicado em: 29/5/2012
ISBN: 978853623802-9
Preço: R$ 29,90


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Capa do livro: Em Paris Tudo Acontece - Crônicas
Em Paris Tudo Acontece - Crônicas
Bernadete Zagonel, 2ª Edição, 109 pgs.
Publicado em: 29/5/2012
ISBN: 978853623805-0
Preço: R$ 19,70


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Como diferenciar CONTO, NOVELA E ROMANCE?


A primeira coisa que devemos tirar da cabeça é a história de que a diferença entre esses três gêneros é a quantidade, ou seja, o conto é curto, a novela, mais ou menos, e o romance é longo. Existem novelas maiores que romances e contos maiores que novelas. 

Então, como diferenciar

O Conto contém apenas um único clímax dramático em torno do qual tudo acontecerá em um só conflito. Esse drama único pode ser chamado de "célula dramática". Uma célula dramática contém uma só ação, uma só história. Não importa muito o passado, dos personagens e nem seu futuro, pois isso é irrelevante para o contexto do drama, objeto do conto. O espaço da ação é restrito a poucos ambientes. Cabe aqui ressaltar alguns tipos específicos de contos como a fábula, o apólogo e a parábola. 


Já uma Novela nada mais é que uma sucessão de Células Dramáticas, como se fossem arrumadas em uma linha reta infinita. Face a essa estrutura é sempre possível, acrescentar mais uma Célula Dramática, mesmo depois de terminada a novela. A novela não precisa ter um final claro, por isso sempre pode continuar. Daí termos séries de livros que são novelas de personagens.

Num romance, as células dramáticas estão concatenadas, formando um círculo. Uma estrutura fechada. Uma sucessão lógica com um encerramento definitivo. Seria impossível acrescentar mais uma Célula Dramática, depois de terminado um romance.  Geralmente com grande número de personagens e há grande preocupação com a psicologia das personagens, a verossemelhança e a coerência narrativa entre as células. Costuma ser uma narrativa com começo, meio e fim, por isso não costuma ter continuações. A grande trama pode ser dividida em três ou mais livros, mas uma vez contada está contada. 

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é falar com a cabeça vazia! 

Fábula, Lenda e Mito: Qual a diferença?


O mito é a mais antiga forma de conhecimento, de consciência existencial e ao mesmo tempo, de representação religiosa sobre a origem do mundo, sobre os fenômenos naturais e a vida humana. Deriva do grego mythos, palavra, narração ou mesmo discurso, e dos verbos mytheyo (contar, narrar) e mytheo (anunciar e conversar). Sua função, por tanto é a de descrever, lembrar e interpretar todas as origens, seja ela a do cosmo (cosmogonia), dos Deuses (teogonia) , das forças e fenômenos naturais (vento, chuva, relâmpago, acidente geográfico, seja ela a da causas primordiais que impuseram ao homem as suas condições de vida e seus comportamentos. Em síntese, é a primeira manifestação de um sentido para o mundo”.

Fábula (latim fari + falar e grego Phaó + dizer, contar algo) é uma narração breve, de natureza simbólica, cujos personagens por via de regra são animais que pensam, agem e sentem como os seres humanos. Esta narrativa tem por objetivo transmitir uma lição de moral.

A fábula segundo os fabulistas:

Theon (século I d.C.) – “Fábula é um discurso mentiroso que retrata uma verdade.” 

Fedro (século I d.C.) – “A fábula tem dupla finalidade entreter e aconselhar.” 

La Fontaine (século XVII) – “A fábula é uma pequena narrativa que, sob o véu da ficção, guarda uma moralidade.” 

A motivação é de origem popular e o espírito geral é realista e irônico. São curtas, bem humoradas e suas mensagens e ensinamentos estão relacionadas com os fatos do cotidiano e faz-nos refletir seriamente sobre o comportamento humano e nos levam a um posicionamento crítico sobre suas condutas. A fábula é uma narrativa alegórica, em forma de prosa ou verso, cujos personagens são geralmente animais que sustentam um diálogo, cujo desenlace reflete uma lição de moral, característica essencial dessa. Quando os personagens são seres inanimados, objetos, a fábula recebe o nome de apólogo. Quando uma narrativa curta, pretendendo conter alguma lição ética, moral, implícita ou explícita, protagonizada por pessoas, chama-se Parábola

A palavra lenda provém do baixo latim legenda, que significa “o que deve ser lido”. No princípio, as lendas constituíam uma compilação da vida dos santos, dos mártires (Voragine); eram lidas nos refeitórios dos conventos. Lenda é uma narrativa fantasiosa transmitida pela tradição oral através dos tempos. De caráter fantástico e/ou fictício, as lendas combinam fatos reais e históricos com fatos irreais que são meramente produto da imaginação aventuresca humana. Com exemplos bem definidos em todos os países do mundo, as lendas geralmente fornecem explicações plausíveis e até certo ponto aceitáveis para coisas que não têm explicações científicas comprovadas, como acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais.

RESUMINDO: fábula consiste em uma narração de fundo moral, normalmente em versos, cujos protagonistas são animais dotados de qualidades humanas - como "A cigarra e a formiga". A lenda é uma narrativa popular, sempre inspirada em fatos históricos, cujo herói reflete os anseios de um grupo ou de um povo - um exemplo seria a lenda de "Robin Wood". Já o mito seria um tipo de lenda, só que com os personagens divinizados - o mito de Apolo, por exemplo.

As diferenças são pequenas e muito sutis! Confesso que considero a fábula como conto que usa animais como metáforas do comportamento humano para questionar e gerar uma lição de moral ao final. Atualmente, na minha visão, a lenda e o mito se confundem.