A
palavra gaélica Samhain (se pronuncia Sou-win) significa "sem
luz" ou "fim do verão", a noite em que o mundo mergulha na total
escuridão da alma, preparando-nos para a chegada das noites frias. Na Irlanda
antiga, todos os anos um novo fogo sagrado era aceso, com o qual se acendiam
todos os demais fogos do vilarejo para queimar durante todo o inverno, com o
objetivo de levar luz através do tempo escuro do ano...
No
Samhain homenageia-se a memória dos antigos preparando alimentos de sua
preferência e contando suas histórias aos seus descendentes. Ao anoitecer,
acendiam velas nas janelas da frente de sua casa, em sinal de respeito aos seus
antepassados.
A
versão cristã do Samhain é o Dia de Todos os Santos (1o de novembro), que foi
introduzido pelo Papa Bonifácio IV, no século VII, para substituir o festival
pagão. O Dia dos Mortos (que cai a 2 de novembro) é outra adaptação cristã ao
antigo Festival dos Mortos. é observado pela Igreja Católica Romana como um dia
sagrado de preces pelas almas do purgatório.
No
Samhain os jovens colocavam disfarces estranhos e vagavam pelos campos,
fingindo ser os mortos que voltaram ou espíritos do outro mundo. Meninos e
meninas trocavam de roupas um com o outro, e saiam pregando peças e travessuras
nos membros mais velhos de cada aldeia. É a origem do Halloween.
A
Irlanda é considerada como o país de origem do Halloween. Nas áreas rurais, as
pessoas acedem fogueiras, como os celtas faziam nas origens da festa e as
crianças passeiam pelas ruas dizendo o famoso “tricks or treats” (doces ou
travessuras). O
Halloween foi levado para os Estados Unidos em 1840, por imigrantes irlandeses
que fugiam da fome pela qual seu país. No Brasil chegou com os cursos de inglês
e filmes americanos que difundiram a cultura.