Já estamos entrando em 2014 e como foi rápido! 2000 era tão distante e misterioso e já estamos em 2014! E, diferentemente do preconizado pelas obras de ficção científica, em vez de tele-transportes e veículos voadores pessoais; em vez de maquinas do tempo e contatos com outros mundos; em vez da estabilidade gerada em laboratórios no Admirável (?!) Mundo Novo de Huxley; temos a Guerra, a Fome, a Indiferença, a Intolerância ... e horrores velhos conhecidos da Humanidade.
Em 2013,
acompanhamos, perplexos e passivos, a toda hora e em cada noticiário, o ódio e
o seu filho primogênito, o terror! Vimos o orgulho aconselhando-se com a
inveja, e esta se associando à perfídia! E as três, juntos, tecendo as rédeas
da intriga e gerando mais ódio. Vimos o interesse deformando a verdade,
torcendo as consciências e a covardia amordaçando as almas. Vimos o rancor
gerando cólera; a cólera gerando violência; e a violência humilhando,
escarnecendo e matando.
A Humanidade,
paradoxalmente, faz a guerra em nome da paz; mata e persegue em nome de Deuses
de amor, perdão, vida e compaixão; cria a tecnologia da comunicação e esquece-se
de comunicar-se (“É terrível verificar que nossa tecnologia é maior que nossa
humanidade.” já dizia Einstein.). Diminuímos as distâncias e nunca estivemos
tão afastados ...
E o que esperar de 2014? Temos que
tomar consciência de que os tempos vindouros serão esculpidos pela nossa
vontade e atitude! Somos nós que daremos,
desde o 1º segundo, a fisionomia do novo ano. Ele é o nosso “ALTER-EGO”, o
nosso espelho, a nossa própria personalidade na expressão dos acontecimentos,
bons ou maus, que suscitaremos no mundo. Nada podemos esperar dele, visto que é
ele que espera e depende de nós...
Lembremo-nos que, ofendendo ao nosso
próximo, ofendemos a própria essência humana de que somos participantes.
Portanto, todo crime contra um só homem é crime contra toda humanidade. E não
existe crime maior e mais covarde do que a indiferença e omissão! Que nenhum homem se diga digno e justo
enquanto existirem pessoas morrendo de fome gritando de dor ...
Espero que em 2014 consigamos esculpir a
silhueta de um novo futuro, mais humanizado e digno, com menos discursos e mais
atitudes. Um futuro plural, onde a palavra-chave seja a tolerância e que
consigamos gerar unidade na diversidade.
Que em 2014 possamos, juntos, festejar, entre livros e amigos, a
construção desta nova humanidade!