Escutei ontem a noite numa palestra que proferi sobre mercado editorial e suas perspectivas. De pronto veio à minha mente a brincadeira: "não é o livro que é caro, somos nós que ganhamos pouco!", mas lembrei-me que no último domingo, ao levar a minha família (1 casal e duas meninas) para almoçar em Santa Felicidade , aqui em Curitiba, paguei R$ 108,00...
BEM:
CONSIDERANDO que os restaurantes de Santa Felicidade estão entre os de preço mais acessível;
CONSIDERANDO que esta alimentação, embora essencial, tem que ser reposta, por motivos fisiológicos, a cada 08 horas em média (pelo menos todos deveriam ter acesso...);
CHEGUEI à conclusão que não é o livro que é caro, somos nós que, além de ganharmos pouco, não estamos dispostos à gastar com cultura, ou seja, não priorizamos formação e informação investindo em livros que durarão muitos e muitos anos, servindo a muitos, e promoverão a nossa melhoria enquanto indivíduo e sociedade. Ler não gera status! Vivemos épocas em que a marca do sofá da sala de visitas de uma família é mais importante do que a sua estante e seus livros... É o pacto da mediocridade emburrecedora (desculpem-me o termo. Se preferirem, podemos falar de uma sociedade boercia.)
LIVRO é muito mais do que papel e tinta! É vida compartilhada. É passado, presente e futuro, juntos, a serviço da humanidade. LIVRO é conhecimento perpetuado. É contribuição, é legado para as futuras gerações...
COMPAREM Quanto cada um gasta com alimentação de entretenimento (bares, lanches, etc.), Salão de Beleza (como valei tenho 3 mulheres em casa) e comparem quanto cada um gasta com cultura e educação, investindo em si e por consequência na própria humanidade.
POIS É! R$ 1,00 por algo que não valorizo é muito caro mesmo! Será que o livro é caro, em comparação com os demais itens de consumo da sociedade, ou será que eu é que não o priorizo e valorizo?
"A modernidade produziu um mundo menor do que a humanidade. Sobram milhões de pessoas, mas o conhecimento é a grande estratégia de inclusão e integração. E o livro é a grande ferramenta do conhecimento. A palavra escrita não apenas permanece, ela floresce e frutifica."
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