Os tão sonhados
Século XXI e 3º Milênio chegaram! Já estamos entrando em 2012 e como foi
rápido! E, diferentemente do preconizado pelas obras de ficção científica, em
vez de tele-transportes e veículos voadores pessoais; em vez de maquinas do tempo
e contatos com outros planetas; em vez da estabilidade gerada em laboratórios
no Admirável (?!) Mundo Novo de Huxley temos a Guerra, a Fome, a Indiferença, a
Intolerância ... e horrores velhos conhecidos da Humanidade.
Temos
acompanhado, perplexos e passivos, a toda hora e em cada noticiário, o ódio e o
seu filho primogênito, o terror! Vemos diariamente o orgulho aconselhando-se
com a inveja, e esta se associando à perfídia! E as três, juntas, tecendo as
rédeas da intriga e gerando mais ódio. Vemos o interesse deformando a verdade,
torcendo as consciências e a covardia amordaçando as almas. Vemos o rancor
gerando cólera; a cólera gerando violência; e a violência humilhando,
escarnecendo e matando.
A Humanidade,
paradoxalmente, faz a guerra em nome da paz; mata e persegue em nome de Deuses
de amor, vida e compaixão; cria a tecnologia da comunicação e esquece-se de
comunicar-se (“É terrível verificar que nossa tecnologia é maior que nossa
humanidade.” já dizia Einstein.). Diminuímos as distâncias e nunca estivemos
tão afastados ...
Temos que tomar consciência de que os tempos vindouros
serão esculpidos pela nossa vontade e atitude!
Somos nós que damos, a cada segundo, a fisionomia do novo tempo. Ele é o
nosso “ALTER-EGO”, nosso espelho do nosso querer, a nossa própria personalidade
na expressão dos acontecimentos, bons ou maus, que suscitaremos no mundo, por
ação ou omissão. Nada podemos esperar dele, visto que é ele que espera e
depende de nós...
Lembremo-nos
que, ofendendo ao nosso próximo, ofendemos a própria essência humana de que
somos participantes. Portanto, todo crime contra um só homem é crime contra
toda humanidade. E não existe crime maior e mais covarde do que a indiferença e
omissão! Não é a violência dos poucos mas a omissão dos muitos que assusta... Que nenhum homem se diga digno e justo
enquanto existirem pessoas morrendo de fome ...
Temos que conseguir esculpir a cada novo tempo a silhueta
de um novo futuro, mais humanizado e digno, com menos discursos e mais
atitudes. Um futuro plural, onde a palavra-chave seja a tolerância e que
consigamos gerar unidade na diversidade.
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