Sou chato. Pronto. Chato
Confesso. Sou daqueles que atrapalham o programa dos amigos por não aceitar
omitir-me diante do que não concordo. Neutralidade é cumplicidade. Afinal fidelidade acima de tudo, abaixo
apenas da consciência. Não compro e nem uso nada de origem pirata ou
contrabandeado. Acho errado... Muito! Também não furo fila... Devolvo quando
recebo troco errado... Não me aproprio de coisas ou direitos dos outros...
Não sou e nem quero
ser santo. Devo a banco, parcelo cartão, estou sempre endividado, mas por
iludir-me e não com a franca intenção de me dar bem. Entre ser o esperto ou
otário, se realmente tiver que escolher, prefiro ser o otário.
Pois, como afirmei
antes, sou chato. Não penetro em festas e clubes; não jogo lixo no chão, não
ando com o carro pelo acostamento... E não só não faço, como critico
abertamente quem o faz! Acho um absurdo fazer “gato” de TV a cabo... Injustificável.
Se é muito caro, não use... Não é gênero essencial à vida para alegarmos estado
de necessidade. Roubar comida é repudiado e punido, mas roubar sinal de TV e
produção intelectual... Não?
Acredito que nossas
ações têm o poder modelador, ou seja, passa a ser um modelo para tantos outros.
Criticamos a políticos por roubar milhões, mas no cotidiano a toda hora
roubamos centavos... Quem rouba centavo rouba milhão, é só uma questão de
oportunidade!
Então, diante desta aberta
confissão, peço que, para evitar constrangimentos, nem me convidem para
situações como estas, pois não aceitarem, nem me calarei e, principalmente, NÃO
O FAREI!
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