Elipse. É a omissão de um termo ou oração que facilmente podemos subenteder no contexto. É uma espécie de economia de palavras. São comuns as elipses dos pronomes sujeitos, dos verbos e de palavras de ligação… Pode ocorrer a elipse total ou parcial de uma oração…Pois bem, “risco de vida” significa Risco de vida é risco para a vida, ou seja, risco de (perder a) vida. Ou seja, é uma elipse. Na verdade, são duas elipses! “Risco de morte” vem de “risco de (encontrar a) morte”. Se quisesse evitar a elipse deveria utilizar “risco de morreR“.
Além disso, nossas Leis falam em "gratificação por risco de vida", o Código de Ética Médico fala de "iminente risco de vida" e o dicionário do Houaiss, no verbete "risco", exemplifica com risco de vida.
Podemos encontrar a expressão também no Inglês (risk of life), no Espanhol (riesgo de vida) e no Francês (risque de vie).
Quando Cazuza cantou, em 1988, “o meu prazer agora é risco de vida” (na canção Ideologia), não passou pela cabeça de ninguém corrigi-lo.
MAS não se trata de dizer que risco de morte seja, como alegam seus defensores a respeito de risco de vida, uma expressão “errada”. Não é! Pode-se usá-la (como também grandes romancistas o fizeram) sem risco para a adequada comunicação de uma mensagem.
OU SEJA, as duas formas estão corretas, tanto pela norma culta como pela consagração popular.
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