quarta-feira, 31 de outubro de 2012

CRÔNICA DO EDITOR: FLANELINHA TRAINEE

Precisei ir ao cartório solicitar uma certidão. Incrível como o paradoxo do tempo nos espanta. Conseguimos apurar todos os votos de Curitiba, para prefeito, em menos de 1 hora, mas para retirar uma certidão de registro de imóveis temos que solicitar no cartório, presencialmente - em carne, osso e barriga - e esperar até 5 dias para receber! Em tempos INFORmação autoMÁTICA, parece-me que alguns processos meramente bur(r)ocráticos prevalecem e se perpetuam no tempo e no espaço, como memória viva de tempos d'antanho.

MAS, retomando o fio da meada, cheguei ao cartório, que, lógico, não tem estacionamento para clientes, e parei o carro na rua, entre dois outros a mostrar-me que eu deveria ter levado mais a sério os exercícios de baliza. Após muitos xingamentos e idas e vindas tentando acertar a vaga... consegui! Entrei, peguei a senha, esperei...esperei...esperei... e muitos esperei depois fui atendido por um sorriso automático - tipo máscara - que trocou a minha necessidade por um protocolo sem maiores explicações.

Na saída, ao entrar no meu carro fui abordado por um flanelinha que apresentava um tratamento muito mais alegre, pessoal e gentil do a máscara cartorária. Afinal, ele só ganha se agradar ao cliente!  Indaguei o por que dele não ter vindo me ajudar a estacionar e agora aparecia para cobrar? - Parece o governo - brinquei eu tragicomicamente. Nisto aparece outro (supervisor!?) que pede desculpa e abona o meu pagamento com uma explicação: - desculpe ele 'dôtor', é que ele é "trainee". Fiz questão de pagar para servir de incentivo ao novel flanelinha na sua iniciação. Afinal, qualificação é tudo...

EM TEMPO: Apesar de já pagar impostos e mais impostos para ter segurança, confesso que me sentir menos lesado ao pagar aos flanelinhas do que ao cartório. Fui melhor atendido, minha queixa foi levada em consideração e a solução foi imediata. 

POIS É, "se correr o bicho pega, se ficar o bicho come". Semana que vem retorno para retirar a certidão em meios a sorrisos plásticos e 'trainnees"...

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