quarta-feira, 7 de novembro de 2012

PARADIGMAS: ÂNCORAS OU TRAMPOLINS?


Paradigmas são modelos, referenciais que delimitam o nosso modo de agir, pensar e produzir. Representam a nossa visão de mundo. Neles temos a nossa educação doméstica, nossa crença religiosa, nossas influências escolares e de amizades.

O exemplo clássico é a indústria de relógios da Suíça que até a década de 1970 era líder mundial do mercado. Seus pesquisadores buscavam sempre aperfeiçoar o modelo do relógio mecânico. Mas o surgimento de uma nova tecnologia passou despercebido por eles, estamos falando do relógio eletrônico a quartzo. Os americanos e japoneses possuíram a tecnologia eletrônica e acreditaram no sucesso do produto, quebrando os paradigmas existentes na época. Qual foi a conseqüência? Alguns anos mais tarde, os relógios a quartzo alcançaram absoluto sucesso. A indústria suíça, despreparada para uma súbita mudança de paradigma, mergulha numa profunda crise. Fábricas vão à falência e inúmeras pessoas perdem seus empregos. Neste caso foi uma âncora. Os pesquisadores suíços estavam “presos” ao paradigma do relógio mecânico e não deram crédito para a inovação, mas esta seria o futuro dos relógios!

Os paradigmas não são bons nem ruins em si, mas ele pode tornar-se ruim à medida que engessa as atitudes da pessoa e limita de modo comprometedor seu modo de agir. Também pode bloquear a criatividade e trazer o conformismo com a situação, mesmo que esta não seja boa. 

Tudo na vida está em constante mudança e exigindo uma readequação aos novos cenários. Uma atitude que foi vantajosa em um momento pode virar desvantajosa noutro. Esta dinâmica exige um continuo analisar da situação e das perspectivas. Seja em relação à nossa vida pessoal ou profissional. Algo como a esfinge que nos desafia: "decifra-me ou devoro-te!". Se não nos adaptarmos aos novos cenários e contextos, podemos ser devorados e extintos como dinossauros. Precisamos nos reinventar a cada dia de nossa vida para manter a nossa competitividade. 

Lembremo-nos que adaptabilidade é uma das nossas maiores forças competitivas. O mercado está repleto de casos de grandes empresas que não conseguiram se reinventar e foram extintas. Também sabemos de grandes profissionais que não evoluíram e ficaram parados no tempo, perdendo o seu prestígio e eficácia...

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