"Quem gosta disto é idiota! Quem gosta daquilo é promiscuo! Quem admira aquilo outro é alienado!".
E por aí vai, os donos do mundo a ditar padrões estéticos, comportamentais e morais que cabem no seu próprio umbigo, que mais parece o umbigo do mundo!
QUE PERIGO! QUE PREPOTÊNCIA! Patrulhamento? Padronização! Uniformização?
Devemos ter muito cuidado com os esteriótipos... Hitler gostava de música clássica...
"Judeus, negros, homossexuais, roqueiros, drogados, ..." e por aí vão arrotando suas sentenças contra tudo e todos que ousam a ser diferentes do seu onipotente gosto e padrão. A história revela vários destes. Perigosos se com poder... Feliciano que o diga!
"Veja aquele que pinta o cabelo... que horror! E aquele que usa piercing? Aquele escuta funk... sei não!". E daí para agruparem-se em grupos que agridem, matam homossexuais e tudo mais que não concordam é um pulo!
"Comunistas! Sequestrem-os; Torturem-os; Matem-os, Sumam com eles!" .
E daí para agruparem-se em grupos que agridem, matam homossexuais e tudo mais que não concordam...
Incrível como gostam de esteriótipos e os fomenta em redundantes brincadeiras que escondem uma raiva e uma reveladora agressividade...
Patrulhamento ideológico/de gostos e opções é fascismo? SIM!
"MEU DIREITO SÓ VAI ATÉ ONDE COMEÇA O DO OUTRO!". Respeitado esta premissa, vivo e deixo viver. Se não gosto, E TENHO DIREITO A NÃO GOSTAR, exerço o meu livre arbítrio e não acompanho. Mas daí a denegrir... julgar e condenar publicamente aos outros apenas e tão somente por não concordar com as minhas opções e gostos ?!?!?! Quem sou eu? DEUS?! Quem me deu este poder? Respeito é bom e eu gosto e portanto tenho que respeitar aos outros! Ou é hipocrisia? "Faço o que eu digo mas não faça o que faço?".
Defendo a diversidade, em todos os seus aspectos, como elemento enriquecedor do mundo. Para que sermos um se podemos ser muitos? A escolha e opção é minha e para mim, apenas e tão somente!
O mundo cabe todo mundo. Só tem valor os meus pares, os meus iguais? Aos amigos tudo e ao restante o repúdio, o escárnio... e depois? a morte? "Matem o negros, os judeus, os homossexuais... as aberrações que ousam pensar e ser diferentes de mim...".
Já vi este filme e não gostei! Que tipo de tapete é este a cobrir anseios e frustrações transformados em raiva e perseguição implacável?
Feio, obsceno e vergonhoso é a fome, a corrupção e a covarde apatia que faz-nos calar diante de tanta injustiça contra o ser humano! O que é lixo para uns é luxo para outros.
Não julgo ninguém pelo jeito de falar, mas, antes, pela sua mensagem. Não julgo ninguém pela sua forma de vestir, dançar, suas opções sexuais, estéticas e ideológicas, mas, antes, e principalmente, pelas sementes que planta nas suas atitudes diárias, reais, efetivas, em prol da construção de um futuro mais justo e digno em um mundo que caiba todo mundo.
E para os que pensam diferente, parabéns e graças a Deus. Gosto e defendo o contraditório como particular "mater" de uma sociedade de direito. Fica o pensamento largamente utilizado e creditado a Voltaire, mas que é de Evelyn Beatrice Hall, que a utilizou em correspondência com o ensaísta: "Não concordo com uma só palavra do que dizes, mas defenderia até a morte o direito de dizê-las!".
Poema de autoria de Eduardo Alves da Costa, 1935, no caminho com Maiakóvski:
"Na primeira noite, eles se aproximam
e roubam uma flor do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores, matam nosso cão.
E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles, entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e, conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta."
OU NA VERSÃO DE Bertold Brecht:
"Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu.
Como não sou judeu, não me incomodei.
No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista.
Como não sou comunista, não me incomodei .
No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico.
Como não sou católico, não me incomodei.
No quarto dia, vieram e me levaram;
já não havia mais ninguém para reclamar... "
Nenhum comentário:
Postar um comentário