É inevitável! Ninguém
pode aprisionar o tempo e os avanços tecnológicos. Muitos avanços são realmente
avanços pois traduzem-se em melhoria de qualidade de vida e preservação da natureza.
Bem, “puxando a brasa
para minha sardinha” de editor e autor, vejo, sem muito entusiasmo, confesso, a
evolução dos ditos e-books. Sou do time que acredita que todo e-book sonha em
ser livro impresso quando crescer, mas, sem entrar nesta polêmica, agora, chamo
a atenção para o que me aconteceu. Estava na editora
quando recebi um autor e amigo que tinha combinado levar um material que ele
tinha produzido há muito e queria ver em formato livro. Ótimo! Bendito o que
semeia livros. Mas, para minha surpresa e desespero, ele “saca” um disquete de
5 ¼ do tempo do onça... (vide a foto acima). Olhei, meio bobo sem
saber o que falar, e peguei o jurássico disquete. Expliquei que hoje em dia
nenhum computador utilizava mais este padrão e que seria difícil acessar ao
conteúdo. Lógico que meu bom amigo afirmou: “se fosse fácil não precisava de
editor”. Refeito do susto, assumi o compromisso de acessar aquela caixa de
pandora...
Depois de ligar para
todas as pessoas conhecidas e assistências técnicas da cidade, fui até o setor
de informática e juntos montamos um sucatão com um “drive” que lia o disquete.
Lógico que não funcionou (bendita lei de Murphy), afinal o disquete estava mofado
por ter ficado tanto tempo sem uso... após usar diversas técnicas de
recuperação de dados e uma tarde perdida, recuperamos parte do arquivo, pois os
programas atuais – geração Windows – não reconheciam nem a formatação nem o
editor de textos “wordstar” – geração MS-DOS...
Depois do relativo sucesso, fiquei pensando no perigo de guardarmos apenas em meios eletrônicos – ou na nuvem – as informações. Hoje a tecnologia está cada vez mais descartável e em dois anos a diferença chega a ser enorme. Imagine daqui a 10, 20 anos... Se pensarmos bem, como perdemos as nossas fitas VHS quando surgiu o DVD...Agora já temos o “Blue Ray”... E amanhã?
Prefiro as minhas fotos impressas e armazenadas em álbuns, de preferência com os negativos juntos para podermos reimprimir, ou melhor, revelar. Tenho mais de 1000 livros em minha biblioteca, alguns com mais de 100 anos. Posso acessar e ler quando quiser, até sob a luz de uma vela.
Sou "das antigas", do tempo "do onça", de antanho... o que for, mas meus livros quero na estante e minhas fotos reveladas e nos álbuns!
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