A tragédia Antígona (de Sófocles) discute o conflito entre o Direito Natural e o Direito Positivo. A grosso modo, o direito positivo é o direito criado pelos homens, e o direito natural é o direito proveniente do universo e dos deuses. Aqui o conceito de direito natural está muito ligado a religião dos gregos.Na Grécia acreditava-se que os mortos que não fossem enterrados não podiam entrar no Hades, o paraíso dos gregos. O rei Creonte decidiu que Polínices, o irmão de Antígona, não seria enterrado na ocasião de sua morte e aquele que o enterrasse seria morto por lapidação. Apesar da lei positiva proferida por Creonte, Antígona joga um pouco de terra sobre o corpo de seu irmão para simular um sepultamento, sendo, portanto condenada a morte.
Antígona e o Direito Marcelo Alves, 100 pgs. Publicado em: 31/10/2007 Editora: Juruá Editora ISBN: 978853621746-8 Preço: R$ 25,00 * Desconto não cumulativo com outras promoções e P.A.P. |
SINOPSE
A leitura que tem predominado no âmbito jurídico brasileiro em relação à tragédia Antígona, de Sófocles, é a de que, por meio de seu desfecho, ela expressaria uma vitória incontestável do Direito Natural sobre o Direito Positivo. Este ensaio procura construir uma leitura capaz de pensar em outros termos a grande polêmica que a peça coloca em movimento no que diz respeito às relações entre Direito e Moral. Para tanto, a leitura toma como ponto de partida o reconhecimento da peça como obra de arte e toda a complexidade que ela comporta e dinamiza. Isso implica pensar o elemento jurídico a partir do contexto criado pela peça, em sintonia com a diversidade e a coerência interna que Antígona encerra.
O resultado é uma leitura que oferece subsídios para uma compreensão crítica da peça capaz de contribuir para as reflexões sobre as relações entre Direito e Moral e entre Direito e Política.
O resultado é uma leitura que oferece subsídios para uma compreensão crítica da peça capaz de contribuir para as reflexões sobre as relações entre Direito e Moral e entre Direito e Política.
CURRÍCULO DO AUTOR
Marcelo Alves é graduado em Filosofia e Mestre em Teoria Literária pela UFSC. É autor dos livros: Camus: entre o Sim e o Não e Nietzsche e Leviatã: o demiurgo das paixões. Atualmente, leciona Pesquisa e orienta vinculado aos Cursos de Direito e Relações Internacionais da Univali/SC, onde ministra as disciplinas Filosofia, Filosofia do Direito e Teoria Política, e é responsável pela Linha de Pesquisa em Direito e Literatura.
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